domingo, 16 de fevereiro de 2020

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Ficção Científica


Jean-Claude Mézières: Recordar a espectacularidade gráfica de Valérian.

Filmes de Cordel: Todos temos aqueles momentos em que precisamos de desligar o cérebro, e de facto, estes filmes bubblegum são toda uma estética de iconografias descartáveis.


Jim Burns: Passa-se ali qualquer coisa, mas não percebo bem o quê.

How modern tech has powered our favorite superheroes through the years: Uma belíssima ligação entre ciência e tecnologia das épocas, e os super-heróis. O trabalho dos criadores e argumentistas destes personagens espelha as tecnologias revolucionárias da sua época. Um caso curioso: o Super-Homem originalmente não voava, as primeiras histórias em que voa coincidem com os primeiros voos de aviões a jato. Outro ponto curioso: qual é o herói mais high tech? Iron Man ou Batman? Há aqui motivo para discussão a chegar a vias de facto entre fãs.


NASA's Moon Habitat of the Future From 1989: E, no entanto, continuamos sem lá regressar.

The post-post-apocalyptic subgenre: Não, não é uma gralha. É uma análise a ficções passadas em futuros pós-apocalípticos, não no imediato, mas em cenários reconstruídos.


Syd Mead: Dos veículos. Não por acaso, Mead trabalhou para a indústria automóvel.


This Russian arthouse remake of The Simpsons is the most depressing thing you’ll see today: Oh my, definitivamente deprimente. Citando um personagem dos Simpsons, it's funny, because it's true.

Tecnologia


Space Photos of the Week: Postcards From a Martian Winter: A Martian winter wonderland.

Why we need to blow a Raspberry at big tech…: Esperem, é possível ter nas mãos um computador potente por menos de 100 euros? Sim, o Raspberry Pi é uma máquina de muito baixo custo e que serve para a maior parte daquilo que a maioria das pessoas usa o computador. Pensado como uma máquina para educação, requer alguma montagem, usa Linux. Mas não se limita às salas de aula, tem um importante mercado secundário como computador dedicado em serviços de controlador de dispositivos, como painéis de informação públicos, ou domótica. Só o Pi mais recente custa cerca de 40€, o que nem sequer chega perto do preço de uma máquina Windows, barebones para Linux ou a estratosfera dos sobrevalorizados Mac.

Even the Lumberjacks Were Going to be Automatic in the Future: Dá todo um outro sentido à lumberjack song dos Monty Python… mas na verdade, foi mesmo assim que evoluiu a indústria da madeira, que não fugiu à mecanização.

Boeing’s Autonomous Fighter Jet Will Fly Over the Australian Outback: Uma notícia intrigante vinda da Austrália. A área remota de Woomera está a ser usada pela Boeing para testar tecnologias de aeronaves de combate autónomas. Um projeto conjunto com a RAAF, que se destina a estudar as capacidades operacionais deste conceito, e talvez se traduza numa aeronave de combate autónoma operacional.

A Brief Literary History of Robots: Via o Close Encounters, atualmente um dos mais interessantes grupos do Facebook, uma curta história dos robôs - e andróides, na literatura de ficção científica. É curioso perceber que a palavra Robot surgiu um pouco por acaso.

Yes, An AI-Generated Blog Can Rank — And That’s Scary: Não há grande surpresa aqui. Conteúdo automatizado, optimizado para os algoritmos de agregação de conteúdos. Não varia muito do modelo de publicação digital, onde a escrita tem de ser pensada e adaptada a regras de otimização algorítmica (estas Capturas não são excepção). O que assusta é pensar em quem, para além dos motores de pesquisa, eventualmente lerá este tipo de conteúdos.

This is What Online Classes Were Supposed to Look Like in the 1930s: Umas das coisas que se aprende com olhar crítico é que as tecnologias inovadoras de hoje tiveram os seus análogos no passado. A ideia de ensino à distância em suporte eletrónico não é nova.

How The 2010s Killed The Celebrity Gossip Machine: Uma espécie de vídeo killed the radio star, versão Internet. A indústria dos paparazzi desapareceu, não porque tenhamos deixado de nos interessar pelas coscuvilhices das celebridades, mas porque estas passaram a usar em peso as redes sociais, para fazerem elas próprias o tipo de divulgação que antes era apanágio dos paparazzi. Hoje, o Dolce Vita seria a Anita Ekberg a tirar selfies dentro da fonte de Trevi, com a zona fechada para garantir que os turistas não interfeririam, autorizações para a celebridade colocar o pé dentro da fonte, e um pobre Mastroianni a pensar que a vida era bem mais interessante na Roma dos anos 50.

An elegy for cash: the technology we might never replace: Se o dinheiro digital está cada vez mais pervasivo, com  países a fazer transições naturais ou planeadas para dinheiro eletrónico, algo se perde com  o fim do papel moeda. A Noruega está tão habituada a sistemas de e-pagamento que os comerciantes já começam a não aceitar notas e moedas, e a China é um case study neste campo, com o governo a olhar para o que as suas empresas já fazem e a planear uma moeda digital oficial. Nisto, no entanto, perde-se o anonimato e privacidade do dinheiro tradicional. No eletrónico, todas as transações estão registadas e ligadas a cada utilizador. Algo que, em termos de privacidade pessoal, é catastrófico.

Inside the Fakes Factory: My Chat With a Viral Image Creator: Intrigante registo das ideias de um criador que se dedica a criar imagens intencionalmente falsas de paisagens e monumentos, que são muitas vezes partilhadas como reais por aqueles cujo sentido crítico é inexistente. Não é bem fake news ou falsa propaganda, é mais uma observação de como é fácil deixarmo-nos enganar pelas imagens.

How Smartphone Cameras Changed the Way We Document Our Lives: Daqueles artigos que leio e sinto um forte sentimento de I can relate. Também dou muito uso à lente do telemóvel. Sabendo que não é das melhores para fotografia pura, mas isso é outro desafio, o ser capaz de conseguir uma boa imagem a partir das limitações do dispositivo. Tal como o articulista, aprecio a facilidade de uso, discrição e disponibilidade. Aqueles momentos fugidios que nos encantam no dia a dia passam a fazer parte dos arquivos digitais, em que externalizámos a memória.

The internet’s last great myth is finally dead: A internet tornou-se tão parte das nossas vidas que deixou de fazer sentido em falar de ciberespaço como algo separado da vida real. Do físico ao virtual, num fluxo contínuo.

This 1924 Illustration Nails the Real Future of Drone Warfare: Não é assim tão grande façanha, usar meios remotamente controlados no combate é uma ideia bem antiga.

GALINA BALASHOVA, Space architect extraordinaire: Perfil de uma arquitecta russa que trabalhou na concepção das estações espaciais soviéticas.

MEMORIES OF THE MOON AGE A Lunar love affair: Do fascínio com as viagens à lua, de Kepler às missões Apollo.

The Futuristic Electronic Teacher Console (1967): Que se danem os quadros interativos, HMDs de realidade virtual, tablets, micro:bits, impressoras 3D ou robots. Isto, sim, é o futuro da tecnologia na educação. Com uma secretária destas, os meus alunos vão aprender mais e melhor, potenciando todas as suas capacidades. Até tem gira-discos!

If Machines Want to Make Art, Will Humans Understand It?: Parte daqui uma exploração dos campos da arte digital, com um curioso ponto de vista sobre a real autoria de obras produzidas por robots e algoritmos, que são, fundamentalmente, expressão de quem os programa, por muito aleatório e inesperado que seja o resultado.

Friend of a Friend: The Facebook That Could Have Been: Desconhecia esta, um protocolo pré-redes sociais para definir amizades na Internet. O problema? Dependia do esforço de cada utilizador em criar uma página. Algo que, honestamente, a maior parte das pessoas não está para se dar ao trabalho. É esse o grande trunfo das plataformas digitais, criam um espaço de edição simplificada. O resto são algoritmos e aproveitamentos capitalistas da informação individual.

Disinformation For Hire: How A New Breed Of PR Firms Is Selling Lies Online: Fake news como produto comercial, a prática da venda de desinformação a quem pagar, sejam políticos ou empresas. O dano que isso faz à informação necessária à formação de opinião pública é indescritível. 

NASA’s X-59 Supersonic Jet Cleared for Final Assembly: Dizem que é parecido com o avião do livro O Segredo do Espadão de E. P. Jacobs, mas a inspiração é mais do Douglas X-3 Stiletto, uma das lendárias aeronaves da série X, usadas para desenvolver a tecnologia aeronáutica. 

Modernidade


How Europe Learned to Draw: Uma galeria de imagens interessantes, saídas de antigos manuais sobre como desenhar. 

A Japanese Cafe Is Hosting Playdates, Parties for Robot Dogs: Não surpreende. Parte do fascínio dos robots passa pela forma como lhes atribuímos traços de personalidade, mesmo sabendo que são objetos inanimados cujo movimento nos dá uma ilusão de potencial vida. 

How Yellow Lost Its Good Reputation: Michel Pastoreau é um cronista da história das cores, entre significados culturais, desenvolvimentos estéticos e tecnológicos. O seu mais recente livro é sobre o amarelo. 

The Special Ops Who Rescue Special Ops: Um perfil operacional de uma unidade de operações especiais americana, especializada em missões de salvamento nas condições de combate ou em paz mais arriscadas. São a elite que vai salvar os guerreiros de elite. 

Napoleon’s vision for a new imperial Rome: Quando Napoleão conquistou Roma, declarou-a cidade imperial, estimulou o estudo arqueológico e recuperação dos monumentos romanos. E planeou uma nova cidadela imperial, para ser recebido condignamente na cidade que preserva a tradição do império romano. Infelizmente, foi derrotado e os planos para esta Roma não passaram do papel. Um docinho para amantes da especulação histórica e arquitecturas utópicas. 

The gig economy is being fuelled by exploitation, not innovation: Não é novidade. A economia das plataformas digitais de serviços é exploração laboral pura propiciada por algoritmos e interpretação da figura do trabalhador como empresário que vende os seus serviços. É hiperprecarização, desdém pelas leis laborais, baixos rendimentos, sem horários, e sujeição do trabalhador a regras arbitrárias e injustas. Em suma, um retorno às condições de trabalho revoltantes de que pensávamos ter-nos livrado no século XX. 


Shocking Images Show What It Is Like To Fly In Skies Turned Red By Deadly Australian Bushfires: Só há uma palavra adequada a isto, mas não a posso escrever, é um daqueles palavrões fortes. 

How Long Will Australia Be Livable?:E chegámos aqui, ao ponto em que questionamos a habitabilidade de toda uma zona do planeta. Bem vindos ao novo normal.