quarta-feira, 19 de junho de 2019

Cosmic Ghost Rider: Baby Thanos Must Die


Donny Cates, Dylan Burnett (2019). Cosmic Ghost Rider: Baby Thanos Must Die. Nova Iorque: Marvel Comics.

Já tenho lido alguns comics bizarros, mas este bate-os aos pontos. Meter The Punisher como Ghost Rider já é uma mistura inesperada. Fazê-lo com um toque cósmico, com intervenção Asgardiana e arauto de Galactus, eleva a fasquia. O toque final desta loucura de premissa é colocar o homem numa missão: viajar no tempo e aniquilar Thanos no berço, evitando muitos dos dramas do universo Marvel. Mas nem o endurecido Punisher/Ghost Rider consegue matar um bebé, e vem daí outra solução. Decide educá-lo numa via de justiça e não violência. Algo um pouco difícil quando é sucessivamente atacado por vagas de Cables vindos do futuro, mas que acaba por dar frutos inesperados. Thanos crescerá, não se tornará um ditador cósmico que esmaga civilizações, antes, constrói um paraíso de justiça e tranquilidade... exceto para aqueles que não seguem o credo, ou seja, a larga maioria, que sobrevive em verdadeiras distopias. Os comics têm muito disto, de baralhar e tornar a dar, variando as premissas dos personagens para tentar atrair a atenção de públicos calejado. O que distingue este é a forma hilariante e bizarra como o faz.