quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Dylan Dog: nel nome del figlio; Perderai la testa.


Alessandro Bilotta, Gianpiero Casertano (2018). Speciale Dylan Dog n. 32 : nel nome del figlio. Milão: Sergio Bonelli Editore.

Da primeira vez que li uma aventura de Dylan Dog da série il Pianeta dei Morti, achei que era um one off. Na verdade, trata-se de um universo alternativo onde Alessandro Bilotta cria novas aventuras para um agora verdadeiro old boy. O cenário é pós-apocalíptico. Dylan não conseguiu impedir uma epidemia zombie por ser incapaz de exterminar o primeiro vetor da infeção, o seu assistente Groucho. No entanto, a coisa não é exatamente zombieland. A vida é até bastante normal, apesar dos constantes ataques de zombies, chegando ao ponto de já ninguém ligar aos massacres. Uma perspetiva curiosa, e um recontar do universo de Dylan Dog com velhos personagens revistos, e novos personagens. Nesta aventura, Dylan cruza-se com o fantasma/zombie do seu filho, fruto de uma relação que teve nos primeiros episódios desta série. É, essencialmente, uma aventura de desencontros e mergulhos no passado, onde o tempo literário é difuso, é difícil perceber se estamos no presente da narrativa, se no seu passado, ou se em sonhos.


Barbara Baraldi, Emiliano Tanzillo (2018). Dylan Dog #385: Perderai la testa. Milão: Sergio Bonelli Editore.

Dylan vê-se envolvido numa aventura que está, decididamente, fora da sua zona de conforto. Paris será o palco de uma história de contornos sangrentos. A decapitação súbita e muito pública de mulheres que usam uma jóia amaldiçoada está ligada com a história do fim de Maria Antonieta, e um joalheiro que usou os diamantes ensanguentados da antiga rainha para criar jóias que apelam aos mais mórbidos. A filha desse joalheiro decidiu que a sua missão de vida era resgatar as jóias, e colocar um ponto final na maldição. É ajudada nisso por uma espécie de Groucho francês, tão absurdo e irritante quanto o companheiro de Dylan Dog. A forma como a jovem decide pedir ajuda a Dylan é que não é das mais recomendáveis: rapta-o em Londres e trá-lo para Paris.

A história é divertida, dentro do esperado na série, mas o que se destaca mais é o trabalho gráfico do ilustrador Emiliano Tanzillo. Expressivo e elegante, exímio a retratar o encanto de Paris.