terça-feira, 24 de abril de 2018
Dylan Dog: Cronodramma; Gli anni selvaggi; Cose perdute.
Carlo Ambrosini, Werther Dell'Edera (2017). Dylan Dog #365: Cronodramma. Milão: Sergio Bonelli Editore S.p.A..
É difícil apreciar qualquer coisa nesta confusão de história. Dylan é contactado por uma escritora milionária para a ajudar a resolver uma assombração, e o que se segue até poderia ser interessante: um assassino que não consegue matar um bebé e a entrega aos que lhe encomendaram o acto, uma criatura com aspeto de arlequim que está de alguma forma ligada aos infernos e manipula o tempo, um estranho desvio temporal em que medeiam seis anos entre o pedido de ajuda e a visita de Dylan a uma cliente que é, em si, uma assombração. Ingredientes para uma boa história, o que falha é a técnica narrativa, confusa e fragmentada.
Barbara Baraldi, Nicola Mari (2016). Dylan Dog #364: Gli anni selvaggi. Milão: Sergio Bonelli Editore S.p.A..
Dylan cruza-se com um amigo da juventude, recordando tempos mais wild em que faziam parte de uma banda. Dylan tornou-se polícia e posteriormente o detective dos pesadelos de que todos gostamos, o amigo persistiu, e encontrou o sucesso. Sucesso esse que é uma máquina imparável, que exige sangue em troca de luxos e riquezas. História mediana, a mexer com os lugares comum da mitologia da música popular.
Paola Barbato, Giovanni Freghieri (2016). Dylan Dog #363: Cose Perdute. Milão: Sergio Bonelli Editore S.p.A..
Enquanto Dylan se sente mergulhado em alucinações, intuindo um acontecimento traumático do passado, um assassino misterioso mata idosos sem aparente relação entre si. Dylan alucina e sonha com amigos invisíveis da infância, entre os quais se desta um rapaz dentro de um poço. Essa é a chave da história, que unifica as linhas narrativas. Essa é uma memória real, cujo verdadeiro horror o ainda miúdo Dylan não consegue compreender. Havia realmente uma criança dentro do poço, uma rapariga lá colocada pelo pai violento com forma de a disciplinar. Esta cresce, livra-se do pai tirano com meios violentos de quem ninguém desconfia, e é auxiliada por um psicólogo a ultrapassar o trauma. Um caso aparentemente bem sucedido, uma vez que ela própria se torna psicóloga. E agora vai concluir a sua terapia, de forma sangrenta, assassinando aqueles que, na sua infância, conheciam a maldade que lhe faziam mas não a ajudavam. Um argumento bem conseguido por Paola Barbato, que utiliza uma forma muito rígida de definir o layout das vinhetas.