sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Dylan Dog: La Lunga Notte; Al Servizio Del Caos.



Paola Barbato, Luigi Piccatto (2006). Dylan Dog Gigante #15: La Lunga Notte. Milão: Sergio Bonelli Editore S.p.A..

Dylan quase se transforma num vampiro, nesta estranha aventura onde irá ficar a conhecer os representantes das criaturas das trevas, inimigos entre sim mas unidos num pacto milenar de não agressão para sobreviver aos seus maiores adversários, os humanos. Pacto esse que é colocado em risco por uma conspiração que assassina o líder das criaturas das trevas e utiliza o grupo de representantes dos vampiros como falsos suspeitos. Uma noite em que uma avaria do eterno carocha de Dylan Dog o mergulha numa fuga pela vida nas ruas de Londres, acossado por fantasmas, demónios, necromantes, bruxas, mutantes, lobisomens e zombies, enquanto nas suas veias começa a correr sangue de vampiro. Pelo menos, reflecte, pelo que vê por ali reunido, não lhe irá faltar trabalho nos próximos tempos, como detective do oculto e ocasional eliminador de criaturas da noite.



Roberto Recchioni, Daniele Bigliardo (2015). Dylan Dog #341: Al Servizio Del Caos. Milão: Sergio Bonelli Editore S.p.A..

Dylan Dog enfrenta um dos seus piores pesadelos nesta aventura: os adereços da modernidade. Famoso por ser um tipo à antiga, vê-se aqui contratado por um poderoso magnata da tecnologia para investigar o estranho caso dos acessos de violência extrema ligados ao seu mais novo produto, um telemóvel de luxo. Cruza-se com a elite do um percentismo digital, descobrindo que o mistério reside num designer de excepção que se inspira na magia para dar carácter às suas criações. Algo que nesta correu mal, provocando ondas de inveja assassina a todos os que se cruzam com utilizadores do telemóvel. A história tem uma componente banal de crítica à percepção do impacto cultural das tecnologias de comunicação, uma ilustração soberba e muitas piscadelas de olho a figuras da cultura popular. Há que adorar Alan Moore a emprestar o rosto a um geek que vive isolado numa mansão que replica a de um filme de James Bond, rodeado de adereços de cultura popular, e que pratica magia para auxiliar o seu trabalho de criação e design de telemóveis avançados.