segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Colheitas


A colheita do Amadora BD deste ano. Confesso que não vou a estes eventos para me abastecer das novidades editoriais. Para isso há as livrarias, ou a banca do Público no Colombo onde dá para comprar os livros das colecções que editam sem ter de me chatear a caçar as bancas que vendem o jornal com o livro. Prefiro as surpresas, as raridades relativas, as obras inesperadas. A estas não resisti: Estilhaços e Sob um Mar de Estanho, duas curtas de uma colecção esquecida por José Carlos Fernandes, um dos nomes da cultura portuguesa que venero; o divertido Free Lance  de Diogo Carvalho, apesar da minha alergia à fantasia épica; o inesperado Histórias do Outro Mundo, uma antologia de BD de ficção científica que me passou completamente despercebida; Rei, onde Rui Zink e António Gonçalves exorcizam uma viagem ao Japão sob a forma de mangá experimental; o cyberpunk old school  de André Lima Araújo em Manplus, finalmente editado pela Titan Comics; o classicismo didáctico (pelas piores razões) de Portugueses na Grande Guerra, e não resisti a um volume de Doom Patrol porque... Grant Morrison não é argumento suficiente?

E sim, um badge de comunicação social. Usei a colaboração como aCalopsia como alavanca. As prendinhas foram um toque simpático, o badge parece mais importante do que realmente é, mas o que me interessava era poder fotografar à vontade no espaço da exposição, sem interferência dos zelosos vigilantes de sala do Amadora BD.