quinta-feira, 5 de maio de 2016

Zorgan, Império Cósmico



John Rackham (1967). Zorgan, Império Cósmico. São Paulo: Bruguera.

O tranquilo mundo de Scarta vive numa bucólica prosperidade, na sua dispersa sociedade agrária apoiada em alta tecnologia. Até ao momento que uma pequena expedição militar do poderoso império Zorgan os tenta invadir. Conseguem sair vitoriosos, mas os inimigos capturados irão introduzir sérias mudanças no modo de vida nativo. Sobre eles pende a ameaça de uma força invasora mais poderosa, e os soldados capturados ajudá-los-ão a afinar a tecnologia e as tácticas militares. Quando o momento decisivo chega, finalmente, os segredos são revelados. Afinal os invasores humanos eram emissários da Terra, força expedicionária da poderosa frota da União Solar que usou o subterfúgio da invasão para convencer a plácida sociedade alienígena a ganhar garras e a desenvolver métodos de potente defesa, para enfrentar a verdadeira ameaça dos seres saúrios do implacável império cósmico dos Zorgan.

Típica obra da FC de ler e deitar fora dos anos 60, representa uma vertente comercial do género que capitaliza as aventuras no espaço, visões de futuro estelar e o exotismo alienígena em romances divertidos, mas inconsequentes. Exemplo da mediania da FC comercial, legível fora da sua conteporaneidade apenas como obra exemplificativa dessa vertente da FC clássica. O nome do autor é um dos pseudónimos do escritor britânico John Phillifent, típico escritor a metro da golden age. Estes livros lêem-se, mas depressa se esquecem. Divertem e entretém durante as poucas horas de leitura, sendo exemplos típicos daquela FC clássica que não foi construída como especulação futurista e não envelhece bem.