sábado, 22 de fevereiro de 2014
Lover of the grave's pained felicities.
Edgar Allan Poe como um amante das felicidades dolorosas dos prazeres da campa. Honestamente é a melhor qualificativa que posso pensar para este autor.
Aqui Aldiss demole com muito estilo o argumento da FC enquanto preditor oracular de futuros. Sim, tem essa vertente, mas é a liberdade especulativa o que anima e dá vitalidade ao género.
E continua. O prever é apanágio os videntes. Antever e imaginar, especular futuros com base no substracto histórico, progresso científico e acumular de visões utópicas deixa sempre vítimas pelo caminho. Boa parte delas são as brilhantes visões de futuros que nunca aconteceram.
Frases que hoje continuam, infelizmente, acutilantes. E fica a pergunta. Alguma ficção distópica anteviu o emergir da nova aristocracia financeira que devora o grosso da riqueza mundial e domina o espaço ideológico global?