sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Leituras

Teaching spelling and grammar is still vital in a technology-driven classroom: ou como fundamentalmente não é boa ideia automatizar na tecnologia competências cognitvas elementares, como um conhecimento razoável do funcionamento da língua, cálculo ou a capacidade de representação espacial mental que nos permite ler um mapa. Por outro lado, o back to basics tão acarinhado pelos segmentos mais conservadores é apenas uma forma confortável de enfrentar o futuro através do espelho retrovisor.

Go your own way: assino por baixo neste texto de Steve Wheeler. Porque aprender não é só um acumular conhecimentos funcionais para futuros desempenhos economicamente metrificáveis. É desenvolver-se como ser humano. E esse caminho é necessariamente solitário, um pouco anárquico e rizomático, mas somos humanos, não máquinas programáveis. (O obscurantismo intencional dos filósofos po-mo franceses pode ser irritante e questionável, mas conceitos como rizomático são certeiros).

Picturing Ray Bradbury: para comemorar o aniversário deste grande nome da literatura fantástica a TOR reuniu uma pequena galeria de ilustrações inspiradas na obra do autor. Algumas são bem conhecidas como capas de livros. Pessoalmente fiquei boquiaberto com a ilustração para o conto The Veldt, uma perfeita visualização dos sonhos conceptuais de realidade virtual.

Audi e Realidade Aumentada: quer dizer que para poder experimentar esta app de realidade aumentada tenho de comprar um Audi? Mas certo, a ideia faz todo o sentido. A RA é particularmente útil em situações de aprendizagem procedimental.

"The remains of a computer that held files leaked by Edward Snowden to the Guardian and destroyed at the behest of the UK government.": fora de contexto, esta é uma banal imagem de hardware vandalizado. Dentro de contexto, uma poderosa iconografia da escalada descendente das democracias ocidentais face ao poder do panopticon digital empunhado por burocratas de tendências fascizantes.

Glitch Studies Manifesto: todo o manifesto é um epolgante apelo às armas, mas gosto particularmente do ponto quatro: Employ bends and breaks as metaphors for différance. Use the glitch as an exoskeleton for progress. Find catharsis in disintegration, ruptures and cracks; manipulate, bend and break any medium towards the point where it becomes something new; create glitch art. E no ponto dois algo que é mais do que relativo a uma prática específica artística, é um lema de vida: Dispute the operating templates of creative practice. Fight genres, interfaces and expectations! Refuse to stay locked into one medium or between contradictions like real vs. virtual, obsolete vs. up-to-date, open vs. proprietary or digital vs. analog. 

Eu sou Chelsea Manning: um teste rápido para verificar o enviesamento dos meios de comunicação. Se a notícia for sobre o processo em tribunal de Bradley Manning, a tendência é conservadora. Se for sobre o processo de Chelsea Manning, a tendência é progressista.