terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Prompting of the automation


"Before we invented automobiles, air-conditioning, flatscreen video displays, and animated cartoons, no one living in ancient Rome wished they could watch cartoons while riding to Athens in climate-controlled comfort. Two hundred years ago not a single citizen of Shanghai would have told you that they would buy a tiny slab that allowed them to talk to faraway friends before they would buy indoor plumbing. Crafty AIs embedded in first-person-shooter games have given millions of teenage boys the urge, the need, to become professional game designers—a dream that no boy in Victorian times ever had. In a very real way our inventions assign us our jobs. Each successful bit of automation generates new occupations—occupations we would not have fantasized about without the prompting of the automation."

Kevin Kelly, sempre o futurista optimista, a recordar a forma como as tecnologias que criamos nos modificam profundamente aos mais elementares níveis de humanidade. Novas tecnologias despertam novos sonhos, novos desejos, novas aspirações inimagináveis para aqueles que viveram nas eras antecedentes. Esta visão que muito deve a McLuhan espraia-se ao longo do artigo da Wired Better Than Human,onde Kelly assume uma postura positivista face às transformações sociais e económicas trazidas por uma robótica cada vez mais avançada, inteligente e autónoma. A automação está a imiscuir-se em tipos de trabalho até há pouco tempo considerados imunes à mecanização ou automação digital, e Kelly traça as origens dessa tendência ao emergir da revolução industrial. Observa, e muito bem, que a redução de ocupação humana nas áreas tradicionais se traduz em novas ocupações, novos empregos inimagináveis anteriormente e um sentimento humanista de expansão de horizontes culturais. Mas por optimista que seja, não se pode deixar de sentir um arrepio ao perceber até que ponto robots (num sentido lado, desde máquinas simples a software avançadao) estão a substituir mão de obra humana apesar de criarem novas necessidades laborais.

Num toque arrepiante de inconsciente colectivo, depois de ler o artigo na Wired descubro no YouTube o vídeo 8 Visions of Our Robot Future. Uma colecção de oito exemplos da robótica contemporânea, das próteses cibernéticas a robots semiautónomos. E a terminar de forma arrepiante, a fazer pensar que o uncanny valley deixará de fazer sentido para gerações que crescerem entre robots, com um bebé a reagir de forma curiosa e afectuosa a um robot animatrónico hiperrealista.