"With writing comes reading, a forced reprogramming of young brains to recognize, extract, and construct meaning from a small set of visual symbols. And with reading came the first schools, where we reprogram the young of our species by teaching them alphabets and grammars." (p. 29)
"The evolution of collaborative multimedia document-creation, hyperlinked knowledge networks, and mobile computation and communication media has led to a flowering of aesthetic, intellectual, and financial innovations. More and more empirical study is now devoted to the ways that our media practices reshape our brains." (p. 54)
"Crap detection, another emerging survival skill necessitated by the Web’s destruction of the authority of printed texts, was also covered in Net Smart. I detailed efforts under way to design a hybrid of automated and social means for sifting the information that is useful from stale information, misinformation, and disinformation. Part of the process of effectively harnessing the power of search involves the metacognitive skill of regarding all digital information with a skeptical eye, searching for clues, and using social networks and online tools to test the validity of online “knowledge” found or sent to us." (p. 57)
"It's time to consider what technology we want to create using the autocatalysis of human pattern recognition, human-machine abstraction, and computer graphics modeling capabilities." (p. 68)
"It is an enlightenment conceit that knowledge generates progress, that by knowing more about how the world works we can make it work to our advantage. Certainly we can now see that knowledge also generates problems." (p. 90)
Howard Rheingold (2012). Mind Amplifier: Can Our Digital Tools Make Us Smarter?. Nova Iorque: TED Conferences LLC.
O conceito de tecnologia digital como amplificador cognitivo não é novo. Tem sido explorado pelos tecnoutopistas singularitários e transhumanistas. No domínio educacional tem raízes no seminal Computadores Ferramentas Cognitivas de Jonassen, onde este traça um mapa das principais vertentes da tecnologia digital e o seu potencial metacognitivo, isto ainda nos tempos de uma incipiente internet massificada. O que Rheingold traz à discussão é o poder da conexão e das redes.
Todos já sentimos isto. Todos, isto é, todos os que estão ligados pela tecnologia digital e começaram a perceber que mais do que canal de consumo esta é uma poderosa ferramenta de criação em que a partilha e a colaboração são elementos fundamentais para uma verdadeira explosão criativa que se alimenta continuamente. Hoje a infoexclusão não se trata apenas de uma questão de acesso à tecnologia, é uma questão metacognitiva de reacção crítica perante o que nos é oferecido pelo admirável mundo novo digital. O poder das redes é cada vez mais aparente, e muitos dos serviços e recursos que hoje dispomos constroem-se colaborativamente, em esquema novos de organização onde cada elementocontribui livremente mas a estratégia de organização não é definida à partida, evoluindo de acordo com a colaboração entre centenas ou milhares de indivíduos. São estas formas orgânicas de colaboração social, em constante mutação, que foram possibilitadas pelas redes digitais e por sua vez reorganizam a nossa forma de pensar e agir no mundo que nos rodeia.