"But then, Gerald pondered, how can I tell I’m experiencing this for the first time? Wouldn’t any such future emulation think it’s me? Even these very thoughts—fretting over whether I’m an emulation? Even my memories of breakfast may be “boundary conditions.” The real world could be some amusement nexus in the ninety-third century … or a kid’s primitive ancestors report for her fifth-millennium kindergarten class … or else some god-machine’s passing daydream." (p. 701)
Genial este olhar de David Brin sobre as ideias do universo como uma simulação virtual gerada em computadores de outro universo. Assume-se que se tal acontecer somos o produto de uma experiência científica séria... mas talvez sejamos o trabalho de casa de um miúdo da primária. Também um curioso apontamento sobre como percepcionamos a realidade, através dos nossos sentidos. Se fossemos seres totalmente digitais, ou alguma vez o chegarmos a ser pela promessa do upload mental, a realidade que percepcionaríamos parecer-nos-ia real apesar de não passar de uma simulação binária. O que leva ao pensamento creepy: será a nossa alucinação consensual que chamamos de "realidade" uma representação virtual? Difícil de saber. Até podemos andar a pontapear pedras para refutar a irrealidade do real como o bispo de Berkeley, mas a simulação estaria programada para nos provocar a ilusão de dor
David Brin (2012). Existence. Nova Iorque: TOR.