sábado, 29 de setembro de 2012

A olhar o cais das colunas

Grão a grão, pessoa a pessoa, um por um, até ao Terreiro do Paço. Contemplar o arco da Rua Augusta, respirar o cheiro do Tejo no Cais das Colunas, recordar um dos momentos icónicos do 25 de Abril na Rua do Arsenal, olhar a Casa dos Bicos ao fundo do Campo das Cebolas. E fazer muito barulho junto daquele edifício amarelo que já foi paço real mas agora é ministério cujos correntes incumbentes parecem apostados em devastar Portugal.

(p.s.: tenho sempre a sensação que sindicatos e as suas manifestações ritualizadas são, tal como outras instituições contemporâneas, dinossauros siderados pelo próximo passo evolutivo trazido na ponta do mega-asteróide. E deste acontecimento de nível de extinção, se não for travado, apenas restarão na terra queimada alguns mamíferos obesos com o devorar da riqueza de toda uma sociedade.)