sábado, 9 de junho de 2012

Such stuff as dreams are made of

Em ressaca do Prometheus, cuja primeira impressão foi devastadora com este filme fabuloso. Ficção científica popular old school, erudita no género mas também apelativa para as massas. Há uma cena que só me deu vontade de aplaudir de pé: a aterragem da nave no planetóide LV-223 (e não LV-426 como no filme original, talvez a indicar outras prequelas). Uma cena especialmente fantástica no meio de um filme memorável, que me atingiu por resumir todo o sense of wonder despertado pela ficção científica em geral e space opera em particular.

A beleza do hardware astronautico, exotismo de planetas distantes, promessa de aventuras no espaço sideral, curiosidade da descoberta, maravilhas da futura tecnologia. Sintetizados em poucos segundos de tirar o fôlego.


Estes enquadramentos, com a nave em plano contrapicado enquanto por entre as poeiras e a atmosfera se vislumbram os anéis de um planeta distante são evocativos das ilustrações clássicas de Chesley Bonestell. Não são iguais, claro, mas diria que as similaridades apontam para uma forte influência.


É disto que são feitos os sonhos. E são estes acenares ao longo historial da ficção que ousa sonhar com a ciência e o futuro que tornam obras como Prometheus memoráveis.