terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Virtual Learning Environments

Pierre Dillenbourg, Daniel Schneider, Paraskevi Synteta (2002). Virtual Learning Environments

VLEs: referem-se a ambientes de aprendizagem, não exclusivamente ambientes 3D. Características: espaço de informação desenhado, social e interactivo, explicitamente representado (de texto a 3D), alunos participantes na construção do espaço virtual, utilizados em ensino presencial e ensino à distância, integram tecnologias heterogéneas e pedagogias múltiplas, sobrepõem-se a ambientes físicos.

Espaço de informação desenhado: utilizam informação em interacção educativa; produzido por vários autores; indicam fontes de informação; mantém-se actualizados; seguem a evolução tecnológica; partilham informação.

Espaço social e interactivo: inclui formas de interacção síncrona e assíncrona; constituem-se como espaços, permitindo colaboração/interacção/visualização.

Explicitamente representado: inclui espaços de texto e espaços 3D. A representação influencia o trabalho do aluno. Suportam navegação, funcionam como espaço virtual ou contém ferramentas que permitem a cada utilizador partilhar progressões/dificuldades.

Alunos participantes: pode assumir diferentes formas, mas inclui elementos criados pelos alunos como parte do seu processo de aprendizagem – de contribuição de textos à construção partilhada de ambientes virtuais.

Envolvem várias modalidades de educação: facilitam e potenciam educação à distância, enriquecem educação presencial.

Integram tecnologias heterogéneas e pedagogias múltiplas: requerem sistemas de ajuda e apoio.

Sobrepõem-se a ambientes físicos: podem recorrer a elementos de realidade aumentada; as interacções professor-aluno não se restringem ao espaço virtual.

Serão espaços educativos eficazes? Contém o potencial de o ser, dependente das condições de criação e formas de utilização.

Media: não têm valor educativo intrínseco, apenas potencial, explorado eficazmente através da contextualização pedagógica.
Interacção social: geralmente restrita a questões de organização; pode ser explorada de forma eficaz.
Contrato de comunicação: mais do que a utilização de meios de comunicação síncrona e assíncrona, o importante está na forma como são utilizados em apoio à aprendizagem.
Interacção virtual: não necessitam de replicar interacção nos espaços reais.
Comunicação não-verbal: ícones, espaços, avatares, whiteboards – espaços partilhados de comunicação.
Comunidades: forte potencialidade dos VLEs. Autores referem que este potencial poderá ser mais importante na criação de comunidades de prática entre professores (partilha de experiências e materiais).
Acesso à informação: problemáticas: sobrecarga, validade, filtragem, estruturação, meta-informação. Problemáticas que estão a ser resolvidas.
Aprendizagem colaborativa: eficaz sempre que os aprendentes interagem com eficiência, discutindo conceitos e não respondendo a questões. Este tipo de interacções pode ser potenciada.
Interessa é que funcione: sensibilidade dos professores a mostras de eficiência prática dos sistemas.
Espaço virtual como zona de inovação: espaço onde os professores podem testar novas formas de ensinar.
Outras problemáticas: questões de tecnologia; fossos sociais e económicos entre alunos; tempo como factor crítico.

Conclusão: por si só os ambientes virtuais de aprendizagem não garantem aprendizagens mais eficazes. Deve estar integrado em contextos pedagógicos que aproveitem as potencialidades dos VLEs.