The Shield - renovação da DC Comics de um personagem clássico dos anos 40 da Archie Comics . Um super-herói militar, homem biónico que vive em simbiose com um fato nanotecnológico que inclui inteligência artificial e que neste momento se encontra a combater robots nazis na selva amazónica. Houve uma vaga de revivalismos de personagens quer na Marvel quer na DC, talvez para assegurar a continuação da vigência de direitos de autor sobre propriedade intelectual não utilizada, levando à publicação de novos títulos para velhos personagens. Se têm continuidade assegurada, isso depende das famosas leis do mercado. A tentação dos robots nazis na selva amazónica é demasiado grande.
Fallout Toy Works - parece ter sido inspirado por uma canção. O grafismo estilo manga desta história que reinventa uma mistura de Pinóquio com Metropolis e Frankenstein em tons de paixão. Tiffanny é talvez a mais sexy androide dos últimos tempos, e sim, assemelha-se à Maria de Metropolis com a elegância dos robots nipónicos.
The Unwritten - A história de Tommy Taylor, filho de um escritor de fantasia que talvez seja um elemento de ficção (e é, esta é uma série muito meta) adensa-se a cada edição. Por enquanto, mapas ficcionais levam-nos a locais inesperados.
Daytripper - os brasileiros Fabio Moon e Gabriel Bá reescrevem a cada edição a vida de Brás de Oliveira Domingos, personagem borgesiano que deriva num processo onírico de descoberta pessoal. Morre simbolicamente no final de cada episódio, significando a passagem de uma época de vida.
X-Men Forever - estritamente para os amantes da época de ouro de Chris Claremont ao leme dos argumentos dos X-Men originais. O autor pegou num título de segunda e transformou os personagens nos mais populares da Marvel, ao longo de dez anos em que reinventou a continuidade dos comics - de histórias centrada em cada edição para arcos que chegaram a cobrir diferentes títulos, e intermissão das aventuras com a evolução da vida pessoal das personagens. A mistura de dramas pessoais e cósmicos conquistou fãs e marcou uma geração de leitores na qual me incluo. Felizmente quando comecei a ler comics estavam a ser publicados os X-Men de Claremont e John Byrne e o Daredevil às mãos de Frank Miller e David Mazzuchelli. Fez-me descobrir o divertimento puro dos comics com qualidade gráfica e literária, lançando a semente de uma paixão que ainda se mantém. Para os fãs de revivalismos, Claremont está de volta a reescrever os clássicos X-Men no título X-Men Forever. É um regresso literal aos anos 90...
Greek Street - a ler acompanhado com a mitologia de Bulfinch. Pete Milligan remistura os mitos gregos numa letal rua de Londres, onde Dédalo, Édipo, as Euménides e os restantes personagens nucleares das tragédias gregas colidem.