segunda-feira, 16 de novembro de 2009

VRML

Confesso que me apaixonei pelo vrml. Não é a tecnologia de ambientes virtuais com mais hype - isso fica para os 3Ds e os scripts do Second Life, e também me parece não ser tão abrangente em termos de potencial de interacção como outras tecnologias de realidade virtual - como o Croquet, a plataforma Olive da Forterra ou o Open Sim. Mas... qualquer uma destas tecnologias requer cliente próprio para suportar o ambiente virtual e um potente tráfego de dados (já para não dizer um potente computador). O VRML... basta um browser e um plugin. Normalmente é no plugin que falha - ao contrário de tecnologias que se tornaram indispensáveis à web (como o Java ou o Flash), os plugins vrml não estão muito disseminados. Há uma forte comunidade de criadores de ambientes em vrml e de programadores que desenvolvem plataformas de interacção que utilizam o vrml, mas não parece haver grande investimento por parte das criadoras de plugins em disseminar a tecnologia de forma abrangente. Falta um esforço similar ao que implementou o flash como um standard de facto na web. Também não ajuda a incompatibilidade dos plugins existentes no mercado com outros browsers que não o Internet Explorer.

Apesar disto, vale a pena investir no vrml. É uma tecnologia de fácil acesso - boa parte dos modeladores 3D permite criar conteúdos em vrml, é relativamente fácil assemblar modelos 3D em ambientes virtuais. É leve - a menos que se exagere na contagem de polígonos dos modelos 3d, um mundo virtual pode não chegar a 500k (particularmente se codificado em X3D, o mais recente standard VRML, e zipado, deixando ao plugin o trabalho de o expandir após descarregar). Ao invés, o Second Life exige um tráfego de dados que se mede às dezenas de Mb. E é aberto. Curiosamente, os criadores do Second Life também defendem standards abertos, como observa Philip Rosedale do Linden Labs, the overall scale and impact of the virtual world suggests at a high level that the best outcome is to be very open, with respect both to software code and the numerous standards that connect it. Its similarity to the web is undeniable, and the web was built on open standards by a large number of different people, companies, and countries.