
René Huyghe (2009). O Poder da Imagem. Lisboa: Edições 70
A Imagem sempre foi fonte de fascínio. Das pinturas rupestres nas cavernas pré-históricas às abstracções pictóricas, as imagens fascinam gerações, intrigando com as suas diversas leituras, com os significados atribuídos e com a interrogação sobre inspiração e estado de alma dos artistas.
Nesta colecção de ensaios, Huyghe analisa a tentação do realismo, a interpretação do real, as visões sobre a beleza, o formalismo abstraccionante da composição, a liberdade da expressão, a leitura que fazemos das imagens, a profundidade das visões expressas pelo artista e a dicotomia entre uma ideia de arte representativa de ideais colectivos que evoluiu para a corrente concepção de arte enquanto expressão do artista enquanto indivíduo.
Arte é arte, e explicar o gosto e a preferência que sentimos por escolas, estilos, técnicas, épocas e artistas não é tarefa fácil. A arte é assunto que não se presta a interpretações simplistas e não se rende facilmente a teorias monolíticas. Os ensaios coligidos neste livro apontam essa fluidez da arte enquanto criadora de imagens que o acto de ver nos força a interpretar.