terça-feira, 9 de junho de 2009

Azares

Sou fanático por canetas de tinta permanente Parker modelo 45 ou similares, uma vez que o mítico modelo já não é manufacturado. Infelizmente, sempre tive um azar enorme com estas canetas. A primeira, uma herança original com algumas décadas, desapareceu-me misteriosamente numa aula. Ainda hoje suspeito do meu professor. As restantes tiveram pior sorte. Normalmente estragaram-se devido a quedas que invariavelmente espetavam a ponta do aparo no chão.

Após alguns anos sem uma canetinha destas, recentemente rendi-me à tentação e comprei mais uma Parker. Não de modelo 45, mas uma bem simples, com o tipo de design que me deixa babado. Estranhamente, correu tudo bem... até hoje, em que a deixei esquecida numa sala de reuniões. Nas Caldas da Rainha. Junto com outro dos meus fetiches gráficos - uma lapiseira também de modelo clássico, introduzido pela Caran d'Ache há mais de cem anos. São objectos, bem sei, mas são objectos que me são queridos pelo seu estilismo. Pelo menos não perdi o moleskine... se bem que, no que toca a canetas Parker, a coisa é tipo maldição. O melhor é render-me às evidências e passar a usar Bics - que, diga-se, também têm um traço assinalável.