segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Journey to the Centre of the Earth
Júlio Verne (1994). Journey to the Centre of the Earth. Londres: Penguin
Wikipedia | Journey to the Center of the Earth
Considerado um dos pais da ficção científica, Júlio Verne foi um prolífico escritor cujos romances de aventuras onde a ciência desempenha um papel primordial entusiasmaram gerações de leitores. Ao contrário de outros escritores clássicos, a sua obra ainda hoje é vastamente lida. As aventuras dos seus personagens são um elemento influente na cultura popular.
Journey to the Centre of the Earth, ou, em português, Viagem ao Centro da Terra é uma aventura que nos leva às entranhas imaginárias da terra. Escrito originalmente em 1864, Journey to the Centre of the Earth narra as aventuras do professor Lidenbrock e do seu temeroso sobrinho, que acompanhados de um guia islandês viajam nos passos de um antigo sábio da remota ilha, mergulhando nas profundezas rochosas em busca do caminho para o centro da terra. A descoberta do centro do planeta é-lhes vedada, mas na viagem os intrépidos exploradores descobrem uma maravilha: um vasto oceano subterrâneo, em cujas margens sobrevivem exemplares da megafauna das eras primordiais do planeta, e até vislumbram um gigantesco homem pré-histórico, modelo das lendas arcaicas de gigantes que calcorrearam a terra, a apascentar uma manada de mastodontes.
A ciência ensina-nos que nada disto é possível, que não é possível atravessar a pé as entranhas da terra, e que nas vastas cavernas que podemos explorar a única fauna existente resume-se a espécies adaptadas à escuridão ou a microorganismos extremófilos nos recantos rochosos mais inóspitos. Nada de resquícios vivos da fauna pré-histórica ou de lendas de carne e osso. Journey to the Centre of the Earth é uma simpática variação sobre as teorias do que se encontraria no interior da terra, em particular das teorias da terra oca, que postulavam a existência de aberturas nos pólos através das quais se acedia a vastas galerias subterrâneas, habitadas por criaturas e iluminadas por sóis interiores. São teorias que as explorações polares vieram a pôr fim, mas que autores como Edgar Allan Poe e Edgar Rice Burroughs revisitaram. E mesmo que hoje saibamos que não se ocultam vastas civilizações por debaixo dos nossos pés, isso não nos impede de sonhar.