Incongruencias na caixa de correio.
Ontem, dentro da minha caixa de correio estava uma pretensa revista gratuita de interesse familiar que depressa se revelou como um elaborado panfleto a apregoar as virtudes de suplementos dietéticos e cápsulas com substâncias naturais ou nem por isso de propriedades milagrosas altamente duvidosas. Banha da cobra dos tempos modernos, pseudo-científica com um certo toque new age para dar um ar mais ecológico à questão. Por entre as exclamações perfeitamente absurdas dos milagres causados pela toma dos vários comprimidos anunciados, comprovados por legítimos depoimentos de pessoas que os tomaram e de repente se sentiram no céu, um em especial saltou-me à vista: o de uma farmaceútica portuguesa, uma maria ou fernanda qualquer coisa que comprovada as propriedades saudáveis de um qualquer comprimido. Mesmo ao lado, uma fotografia da dita senhora, já entradota mas ainda sorridente e a respirar saúde. Na lapela da bata da senhora uma etiqueta a identificar a farmácia, com o nome da senhora por baixo. Em finlandês.
Hoje, abrir a caixa de correio e encontrar volumosa missiva a tentar convencer-me a assinar uma revista mensal, com promessas de oferta de brindes. Tratava-se da proteste, revista da DECO, associação de defesa do consumidor, que a promove utilizando precisamente as mesmas tácticas de marketing que os amantes do lucro fácil fazem quando enchem as caixas de correio de panfletos com publicidade enganosa. Talvez seja uma tentativa de utilizar o feitiço contra os feiticeiros...