sábado, 15 de setembro de 2007

Next Big Thing

The next big thing in computers will be personal fabrication: allowing anyone to make fully functioning systems -- with print semiconductors for logic, inks for displays, three-dimensional mechanical structures, motors, sensors, and actuators. Post-digital literacy now includes 3D machining and microcontroller programming. For a few thousand dollars, a little tabletop milling machine can measure its position down to microns, so you can fabricate the structures of modern technology, such as circuit boards.

Isto de acordo com o artigo de Neil Gershenfeld intitulado Personal Fabrication, originalmente publicado na Edge em 2003 e retransmitido no no site de Ray Kurzweil. Já há uns tempos que se fala em impressoras 3D, que se estão a banalizar nos gabinetes de design. Será que num futuro próximo, tal como hoje em dia a impressora 2D caseira é imprescindível para imprimir documentos e imagens, teremos impressoras 3D caseiras, capazes de imprimir objectos, bastando adquirir os planos através da net ou, talvez, elaborar o projecto do objecto em CAD intuitivo no computador pessoal? Talvez

Num aparte, não cesso de me maravilhar com as nossas modernas impressoras, que fazem e segundos aquilo que um impressor experiente demoraria semanas a fazer nos velhos tempos de Gutenberg.

Estas previsões são extrapolações directas. Se a ficção científica me ensinou alguma coisa é que prever o futuro é coisa espinhosa. A extrapolação directa não resulta; as evoluções futuras são sempre feitas por algo inesperado, algo que possivelmente já anda aí pelos laboratórios mas que é totalmente inesperado em termos intelectuais. Coisas como a internet, ou os ubíquos telemóveis, passaram completamente ao lado dos melhores autores de FC, tidos como oráculos modernos do futuro que se avizinhava. Outras coisas nem por isso, como a abertura do espaço exterior à exploração comercial, em negócios de biliões. Aqui o Arthur C. Clarke teve razão com aquela história dos satélites artificiais em órbita, e só faltam as empresas de recolha de hélio-3 no regolito lunar para alimentar centrais de fusão nuclear na Terra.

Num outro registo do inesperado, que comprova que são nas reviravoltas da tecnologia que estão as revoluções em potência, uma empresa sueca está a desenvolver um sistema móvel verdadeiramente inovador. Telemóveis a funcionar em rede P2P, reencaminhando chamadas sem necessidade de ligação à célula da rede. Uma ideia óbvia, se nos recordarmos que um telemóvel é, essencialmente, um emissor/receptor de rádio.

Links para excitar o intelecto:

Kurzweil AI, o provocador site onde Ray Kurzweil, guru do mundo da alta tecnologia e amigos como o biólogo James Gardner, a transhumanista Natasha Vita-Moore e muitos outros pontuam sobre as meta-ideias que dão forma ao nosso mundo dependente da ciência e tecnologia.

Edge, onde John Brockman, mentor da terceira cultura (uma ponte entre o discurso académico e a ciência), dá voz a alguns dos mais influentes cientistas da actualidade.