sábado, 16 de junho de 2007

Ufa, que hoje é sábado.

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Final de uma longa e cansativa semana de muito trabalho que, como tudo o que dá muito trabalho, foi extremamente recompensador. Excepção seja feita aos termos financeiros...
Nesta semana, deixei imperdoávelmente passar o dia dos zombies, uma iniciativa da blogoesfera em que os autores dos diversos blogs que colaboraram no projecto se comportavam como se o mundo estivesse a acabar num cataclismo zombie. Coisa perfeita para um fã assumido das carcassas putrefactas que vivem apenas para se alimentar dos humanos. O SF Signal publicou ao longo do dia uma série de hilariantes entrevistas com zombies autores de FC. Cá pelo meu recanto intergaláctico, estava com vontade de ir escrevendo posts de hora em hora relatando o terror de um professor fechado numa escola invadida por hordes de alunos zombies (estou a escrever isto sem qualquer malícia ou ironia), ao melhor estilo Night of the Living Dead. Não deu.

Não houve tempo. Passei a semana a investir em duas frentes, no meu projecto "secreto" artístico pro-bono (que me vai dizendo a minha colega Paula que já estava na hora de cobrar por estes projectos, mas enfim, não tenho espírito de privado) que apenas poderei revelar a partir de 8 de julho mas já estou a deixar no Deviant Art para aferir impactos. É um projecto que me está a dar muito trabalho, e muito gozo, que só peca por ter sido forçado a regressar ao Corel - o Inkscape ainda não tem uma forma de gerir objectos, coisa que se torna necessária (e imprescindível) quando se cria um desenho final que inclui centenas de linhas agrupadas em dezenas de objectos. Espero que o resultado final agrade, nem que seja às crianças.

A outra frente foi mais visível. Empenhei-me a duzentos por cento na exposição final de trabalhos do departamento de artes da minha escola, que teve lugar durante esta semana, com um grande sucesso, que modificou a forma de pensar uma tradicional exposição final de trabalhos (geralmente, amontoam-se os desenhos dos alunos em cartazes numa sala de aula). Utilizámos três salas, cada uma dedicada às componentes do departamento de artes - Educação Musical, Educação Visual e Tecnológica (2ºciclo), Educação Visual (3º ciclo), Educação Tecnológica (3ºciclo) e Atelier de Artes (3º ciclo). Mais do que exposição, era encorajada a experimentação, com pequenos ateliers onde a generalidade dos alunos podia experimentar diversas técnicas de expressão artística. Os professores de EM foram provocando dissonâncias ao longo do dia, e em EVT havia novidades - um atelier de animação stop motion, criado de forma altamente profissional por um dos meus colegas, e um atelier de modelação 3D e arte digital que, modéstia à parte, surpreendeu. O impacto dos trabalhos digitais dos meus alunos foi enorme, especialmente junto dos alunos mais velhos, e ainda ouvi muitos comentários do género "de certeza que isto foi feito pelos alunos?" Sim. Totalmente. Mas a exposição não foi dedicada unicamente aos computadores - podia-se encontrar azulejaria, ladrilhado, desenho tradicional, fantoches, origami, modelos de animais e aeronaves... mais uma vez, escrevendo em modo de orgulho pessoal, não consigo deixar de fazer o reparo na enorme quantidade de trabalhos dos meus alunos que estava presente na exposição. Grande parte dos trabalhos expostos, e tudo o que estaa pendurado no tecto. Mas não quero com isto parecer que estou a desvalorizar o trabalho dos meus colegas. Pelo contrário, coisas como esta exposição não seriam possíveis sem o trabalho de conjunto dos vários professores. Este sim, foi um ano produtivo. Estou a chegar ao fim exausto, mas a quantidade de objectos e trabalhos criados foi enorme. Só foi possível porque este ano tive a sorte de trabalhar com a Paula, uma par pedagógica excepcional, excelente profissional, profundamente criativa, inquieta e sem medo de encontrar novos usos para as mais tradicionais técnicas. Entre as ideias loucas dela e as minhas, saiu imensa coisa, muita da qual está disponível online na galeria dos Pequenos Artistas.

A exposição só pecou pelo velho hábito de ter sido centrada no espaço escolar. Talvez num próximo ano se consiga fazer de forma mais aberta.

Mas hoje é sábado. Tempo para descansar um pouco. O dia está cinzento e chuvoso, memso como eu gosto.