BBC | Skynet satellite launch postponed O Reino Unido está a colocar em fase operacional uma rede de satélites militares destinada a garantir comunicações seguras com as suas forças militares. A rede tem o nome de Skynet, vagamente reminiscente de uma rede informática de inteligência artificiak militar que se revolta contra a humanidade, conforme vimos nos filmes da série Terminator. Uma rede de satélites militares com este nome? Assim é fácil ironizar.
Guardian | Why aren't we waiting? A paciência é uma virtude em vias de extinção. Nesta época em que tudo anda acelarado, em que todos os momentos devem ser aproveitados para fazer qualquer coisa, a simples espera é algo que nos parece no mínimo deselegante. Habituados como estamos ao imediato, estamos a perder a capacidade de esperar, e de enquanto esperamos parar para pensar, e prestar mais atenção ao que nos rodeia.
Guardian | A shameful injustice Apesar de todos os seus defeitos, o regime cubano é uma referência no que toca à dignidade dos seus cidadãos, com sistemas sociais que asseguram educação e saúde gratuitas de qualidade invejável, e que apesar de não ser um país rico assegura programas de ajuda a zonas desfavorecidas do planeta. Cuba não é um país perfeito - o regime não é conhecido por ser condescendente com os seus dissidentes, e Cuba, em larga medida graças ao embargo económico implantado há cinquenta anos pelo vizinho americano, sobrevive com grandes dificuldades económicas.
The New York Times | Google's buses help its workers beat the rush A Google, empresa de transportes públicos? Para atrair mais empregados, a Google implantou uma rede de autocarros que liberta os trabalhadores das viagens diárias de carro até ao local de trabalho. É uma boa ideia, a vários níveis - as implicações ambientais são óbvias, e também as económicas - o tempo que não é desperdiçado pelos empregados em intermináveis filas de trânsito pode ser aproveitado no trabalho.
The New York Times | Should killing be merely a mouse click away? Um conceito bizarro a arquivar no arquivo das ideias incríveis: alguns empresários norte-americanos começaram a vender um serviço que permite a qualquer um ser caçador através da internet. Em reservas de caça, as armas estão montadas sobre uma plataforma mecânica, ligadas a uma câmara, e tudo o que o caçador tem de fazer à distância da internet é apontar o rato e clicar, disparando sobre o animal que estiver na mira. Esta ideia verdadeiramente surreal, em que a caça é encarada como mais um jogo de computador em que o jogador dispara sobre alvos reais, está compreensívelmente a revoltar as associações de defesa de animais, legisladores e até os caçadores, que não percebem o gosto que pdoe haver em caçar confortávelmente sentado atrás de um ecrã de computador.
Marvel | Captain America Assassinated E para terminar, mais uma bizarria: um obituário para o Capitão América, personagem icónica do mundo dos super-heróis. Não é muito habitual que os argumentistas matem os seus heróis, geralmente porque os comics não estão a corresponder às expectativas de vendas e é preciso encerrar o arco de histórias de maneira coerente, ou por razões estilísticas, como no caso de The Sandman, em que os argumentos de Neil Gaiman giravam todos à volta da inevitabilidade da morte do herói. Mesmo assim, é coisa rara, e nunca é um artifício recorrido com personagens icónicas. Ninguém se lembraria de matar o Batman, o Super-Homem (bem, Alan Moore chegou a fazê-lo), ou o Homem-Aranha. Então porquê matar a personagem que no mundo das vinhetas simboliza a ideologia americana? Cinismo é a única resposta que encontro. O assassinato do Capitão faz parte de um arco de histórias intitulado Civil War, em que os bons super-herois estão em luta contra si próprios e contra o governo americano, que aproveitando as leis de combate ao terrorismo decide registar e controlar os super-heróis, perseguindo aqueles que recusam sujeitar-se aos atropelos à liberdade e aos direitos constitucionais feitos em nome da luta contra o terrorismo. Agora, o que surpreende é ver este tipo de argumentos a serem explorados nos mais clássicos comics de super-heróis, em títulos que não são conhecidos pela sua sofisticação. É, talvez, um reflexo da américa pós 11 de setembro, a américa da guerra no iraque, dos artropelos aos direitos humanos em Guantánamo, das constantes ameaças sobre atentados terroristas que são utilizados para restringir as liberdades individuais, de uma américa desiludida com a administração Bush e os seus constantes ventos de guerra inspirados por provas ditas irrefutáveis mas de veracidade duvidosa. Os argumentistas da Marvel assassinaram o Capitão América por assassinos a soldo do governo americano. Não é o que se espera de comics simplistas e estereotipados.