domingo, 16 de julho de 2006

Leituras

BBC | Homeopathic practices risk lives Não compreendo o desdém que os habitantes das mais avançadas sociedades que alguma vez colonizaram este planeta têm sobre a medicina científica, que tem trazido à humanidade benefícios imensos, quase milagrosos. Antes, preferem as patranhas dos vendilhões de banha da cobra, crendo sinceramente que as tisanas, as gotinhas homeopáticas, os reikis e todas essas outras "terapias alternativas" são mais eficientes do que uma boa dose de medicina high tech ocidental.

Guardian | Israel's monstrous legacy brings tumult a step closer Em que é que eles andam a pensar? O já clássico caos do médio oriente anda exacerbado pelas operações militares israelitas em Gaza e no Líbano. O caso de Gaza é criminoso, aproximando-se da tentativa de genocídio - enclausuram-se os palestinianos numa estreita faixa e vai-se pressionando, cortando linhas financeiras e linhas de abastecimento. No caso do Líbano, é agressão pura a um estado de direito. Fosse Israel um dos países-pária pertencente aos "eixos do mal" deste mundo, seria caso para uma intervenção militar mediática para submeter aqueles que desafiam a ordem e a democracia mundial. Mas, sendo Israel um estado-cliente, pode-se advogar o direito de fazer recuar todo um país no tempo à força de bombas, um país que na segunda metade deste século tem sofrido, e muito, graças a vizinho mais a sul, em nome de objectivos muito pouco claros. Enfurece, ver que é perfeitamente defensível ver responsáveis israelitas a anunciar que vão atrasar o Líbano vinte anos, bombardeando pontes, aeroportos, centrais eléctricas e outras instalações económicamente vitais, sem que a dita comunidade internacional se revolte, como o faz (e justamente) quando os ditadores de pacotilha que infelizmente ainda abundam por aí anunciam os seus planos malévolos. Andará uma violenta guerra regional a aproximar-se?

Guardian | Inflatable spacecraft launched O conceito é interessante - lançar para órbita módulos insufláveis, que em órbita são insuflados e podem ser agregados numa estação espacial. O magnata do turismo Robert Bigelow, cujo sonho anunciado é abrir um hotel orbital em 2012, apostou neste conceito, e o primeiro protótipo já está a orbitar a terra. Está em fase de testes, mas o futuro da ideia é prometedor. Só falta agora um veículo capaz de colocar turistas em órbita de forma económica - os foguetões tradicionais são caros e perigosos, e os veículos como a Space Ship One de Burt Rutan são sub-orbitais, logo incapazes de levar passageiros à órbita terrestre.

Apesar do presente ser entristecedor, o futuro ainda promete.