quinta-feira, 22 de junho de 2006

Leituras

BBC | The urban world in 2050 Como será definido o espaço urbano em 2050? Será uma utopia retro-ecológica, um pesadelo de bairros de lata e exclusão social, ou um espaço de profunda descentralização? Possívelmente tudo, e mais alguma coisa que não somos capazes de prever. Mesmo assim, esta análise vale pela extrapolação do conceito de espaço urbano em que hoje vivemos. A análise futura leva em conta o conceito de mega-cidade terceiro-mundista, constituída por bairros de lata a rodear enclaves afluentes; o conceito de cidade central, que centraliza recursos económicos e sociais (qualque megacidade sul-americana, asiática ou africana exemplifica o conceito); o de cidade descentralizada, alicerçada em redes de transporte e num sprawl suburbano que se espalha por uma vasta àrea geográfica (casos de Barcelona, Los Angeles e da mega-cidade que engloba Shenzen, Ghuangzhou, Hong Kong e Macau no delta do rio das pérolas); e o de cidade-utopia, em que o espaço urbano se verga às necessidades económicas e ambientais de uma população conscinte dos perigos da poluição e do consumo desregrado de recursos naturais (Pondbury é o único exemplo que me ocorre).

Guardian | Liberalism failed to set us free O liberalismo, o ismo dominante na cena ideológica internacional, arrisca-se ao colapso devido ao peso do exagero da sua tradição. Quando os direitos inalienáveis do indíviduo se acumulam, e se sobrepoem a tudo, as instituições que mantém viáveis os países e as economias arriscam-se ao colapso. O culto liberal da liberdade não resiste à pressão de intervenções estatais para valorizar os direitos dos uns e dos outros.