sábado, 1 de abril de 2006

Leituras

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BBC | International Space Station Uma visão arrebatadora de esperança no futuro para comemorar o fim de semana.

Guardian | We need to know the truth about the Chernobyl fallout Agora que em portugal se fala sériamente na possibilidade de construir uma central nuclear para reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis, é bom abstrairmo-nos dos estudos financeiros e económicos e reflectir nos perigos que vêm com o nuclear. Por excitante que uma central nuclear seja, a epítome dos sonhos molhados dos engenheiros e dos físicos, cheia que aparelhómetros high tech que controlam a energia mais fundamental, a do átomo, não nos podemos esquecer do elevadíssimo risco de segurança que constituem. Há centenas de centrais nucleares espalhadas pelo mundo fora, e houve só uma Chernobyl. 20 anos após o derretimento do reactor central, ainda não se sabe qual a extensão dos danos de saúde provocados pela nuvem radioactiva que cobriu os céus da europa. Se se chegar a construir uma central nuclear em portugal, eu pessoalmente não gostaria de ficar com aquele tom de verde fluorescente radioactivo por causa de algum incompetente que deixou um botão desligado enquanto foi beber uma bejeca. Os riscos do nuclear são demasiado altos.

BBC | Unexpected warming in Antarctica Praia com pinguins? Coqueiros e sol escaldante por entre os icebergs? Lá chegaremos, se nada for feito para travar o aquecimento global. Os mais recentes estudos apontam para que a temperatura invernal na Antártida tenha subido em média 2º nos últimos trinta anos. Dois graus parece pouco para uma região do planeta conhecida pelas suas temperaturas de dezenas de graus abaixo de zero, mas é o suficiente para começar a desiquilibrar o ecossistema antártico. Lentamente, grau a grau, decigrama a decigrama de dióxido de carbono, caminhamos para irreversibilidade das alterações climatéricas. Um dos factores culpados de tudo isto costuma entupir as estradas e os passeios quando está estacionado.

BBC | Light shed on mysterious particle O lado mais esotérico da ciência é revelado pela física de partículas. Na sua eterna busca pelas partículas fundamentais que formam a matéria da qual somos formados, os físicos abalaram a crença numa realidade estável e palpável. A matéria é constituída por um ecossitema exótico de partículas elementares cuja divisão parece revelar serem compostas por partículas ainda mais elementares. A matéria, sólida e palpável, não passa de um aglomerado de partículas exóticas, uma festa de fauna com nomes como bosão ou fermião, aglutinada por forças elementares. Uma das mais elusivas partículas elementares é o neutrino. Estamos constantemente a ser atravessados por neutrinos, mas detectá-los é quase impossível. São precisas instalações como as do Super Kamiokande, uma gigantesca mina convertida num gigantesco detector de neutrinos, para que se detectem um punhado destas partículas particularmente elusivas. Até agora, pensava-se que não tinham massa, mas uma experiência recente provou que os neutrinos têm massa. A experiência envolveu a criação de neutrinos no acelarador de partículas do Fermilab, nos EUA, e a sua detecção por sensores instalados numa mina abandonada a 700 km de distância. Alguns neutrinos foram detectados, os suficientes para provar a existência de massa nestas partículas.

Impressiona saber como somos hoje capazes de perscrutar os segredos mais microscópicos da natureza, viver numa época de afluência sem par em toda a história humana, e mesmo assim manter as elevadas desigualdades que persistem no planeta enquanto caminhamos alegremente, digo, caminhamos, não, conduzimos os nossos SUVs alegremente em direcção à aniquilação ambiental.