Confesso-me um pouco exausto. Após um longo e frutuoso dia de trabalho cheio de aulas, rematei com uma longa reunião de pais. De todas as tarefas que me calham como director de turma, esta é das que mais detesto: enfiar vinte ou vinte e cinco encarregados de educação dentro de uma sala e falar um a um dos problemas e das notas dos alunos. Felizmente, este ano calhou-me uma turma com encarregados de educação bem comportados, que ouvem o que eu tenho a dizer, e não interrompem com reclamações inusitadas ou reivindicações desmedidas. No entanto, após um dia cansativo, temo que não tenha capacidade para fazer deste post mais do que um registo algo lamecha. Depois de duas horas e meia a dizer podia ter melhores resultados, tem de estudar mais, tem de se aplicar, tem de deixar de conversar, tem de largar os berlindes e dedicar-se ao estudo, o cérebro já não tem espaço para mais.
Como director de turma, o melhor que eu posso dizer numa destas reuniões é a mágica frase não há muito a dizer sobre o seu filho/a. Isso quer simplesmente dizer que é um bom aluno, ou um aluno simplesmente médio, que está bem. Quando a conversa se alonga é que começam os problemas. E quanto maior a conversa, mais bicudo o caso.
