quinta-feira, 23 de março de 2006
Gripe
Contráriamente ao meu habitual, hoje não fui trabalhar. Depois de dois dias a lutar contra uma gripe séria, decidi ficar por casa e pôr-me bom. Neste inverno, esta já é a quinta ou sexta gripe que apanho, e esta foi daquelas a sério. Esta gripe não teve a elegância de me deixar todo ranhoso, a jorrar ranho pelo nariz em múltiplos espirros. Não, esta gripe é uma daquelas que nos deixam o corpo dorido, como se tivesse ficado horas aos tombos dentro de uma centrifugadora; e nos deixa o cérebro em centrifugação permanente. De maneira que em vez de me arrastar para a escola, o que não seria nada proveitoso, arrastei-me para a cama na companhia de dois livros, um sobre fenómenos paranormais cujo pormenor mais arrepiante é o tédio que a sua leitura provoca, e o Holy Fire do Bruce Sterling. Periódicamente arrasto-me para fora da cama em busca de chá quente e medicamentos anti-gripais e anti-febris. Se bem me conheço, amanhã já estou fino.