sábado, 4 de março de 2006

Cloudburst

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Devir | Cloudburst

Com argumento de Jimmy Palmiotti e Justin Gray, Cloudburst conta com os talentos de ilustração de Christopher Shy e do português Eliseu Gouveia. A colaboração marca a estreia de um desenhador português no mercado americano, e augura o aparecimento de mais nomes lusos nas capas de comics editados na américa.

Cloudburst assenta sobre um sólido argumento de ficção científica, versão space opera. Lauren Moore, uma atraente cientista, é a responsável máxima pelo Cloudburst, um aparelho terraformador capaz de modificar a atmosfera de um planeta em pouco tempo. Segue numa nave colonial tripulada pelo seu ex-marido, que comanda uma força militar adjunta a uma grande corporação cujos interesses financeiros são, literalmente, intergalácticos. A chegada a um planeta desolado onde uma anterior tentativa de colonização havia falhado vem gerar uma autêntica guerra. A força militar adjunta à nave-colónia é enviada numa tentativa ilegal de exterminar os anteriores colonos, e Lauren Moore, que se opõe à chacina, é abandonada na superfície do planeta desértico, à mercê de estranhas e sanguinárias criaturas alienígenas. É salva graças à intervenção de um estranho homem, um guerreiro que percorre o planeta com a missão de aniquilar as violentas criaturas. Regressada à nave, Lauren descobre o segredo do planeta: as sanguinárias criaturas são compostas por água, e a utilização do Cloudburst para manipular a atmosfera do planeta gera um inverno gelado que aniquila as criaturas.

O problema de Cloudburst é que não passa disto. Este meu curto apontamento sobre a história do comic resume essencialmente um livro que já de si se lê como um resumo. Gráficamente, o livro assemelha-se a um comic de banca ou a um qualquer manga japonês, não trazendo muito de novo em termos gráficos. O argumento está muito condensado, e o livro lê-se depressa.

Cloudburst funciona como um bom comic de entretenimento. Não traz nada de novo, não surpreende, mas também não desagrada. Lê-se, e aprecia-se. É como ver uma sitcom na televisão ou rever um blockbuster no cinema. É uma leitura confortável.