... sou eu, condenado como estou a passar o dia de hoje agarrado ao computador a debitar eduquês puro para engrandecimento dos dossiers carregados de papel na escola. Ele são competências, ele são dificuldades, ele são frases vazias cheias de floreados cuja verdadeira utilidade ainda não descortinei. São planificações e avaliações, relatórios analíticos e apreciativos. São estratégias e actividades. São frases bonitas e simpáticas.
Em suma, após um dia aqui fechado no atelier a escrever em eduquês puro o esforço mental ameaça quebrar os fusíveis do cérebro. Daqui a nada dou por mim a pegar na Ak-47 que tenho ali em cima da lareira e ir até à escola enfiar uns balázios nos putos... especialmente naqueles putos burros que me vão obrigar a escrever ainda mais eduquês na elaboração dos planos de recuperação.
E daí talvez não. Os miudos não têm a culpa. São o que sempre foram, uns mais espertos, outros menos dotados na capacidade cerebral. Acontece. Se calhar as balas eram mais bem aproveitadas naqueles mentecaptos da cinco de outubro. Mas aí o edifício é alto e se calhar não sobreviveria até chegar ao nível do boss, o gabinete da ministra. Bem, acho que está na altura de ver se consigo aprender a construir engenhos nucleares caseiros.
Imaginem só os problemas educativos que se resolviam se aquele edifício da cinco de outubro desaparecesse debaixo de um cogumelo nuclear!