quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Extraordinários Progressos

Plans for Euro-Russian spaceplane


Kliper

Duas fenomenais notícias na BBC | Science. Em primeiro lugar, a participação europeia no projecto kliper, a nova nave espacial de concepção russa. A participação no Kliper permitirá à ESA lugares permanentes em voos orbitais tripulados e, potêncialmente, capacidade para chegar à lua. O Kliper, um veículo com lugar para seis tripulantes, está a ser desenhado para voos orbitais e translunares. Todos saem a ganhar - a ESA não terá de fazer o avultado investimento no desenvolvimento de um vai-vem espacial, e os russos terão acesso a novos finaciamentos e à tecnologia mais espacial avançada da ESA.

O kliper é o veículo espacial que irá substituir as antiquadas mas fiáveis cápsulas Soyuz, e reflete a nova filosofia da exploração espacial: um regresso ao conceito de nave espacial apoiada num foguetão potente. Pode parecer um retrocesso, relativamente ao Space Shuttle, mas não é. Um Space Shuttle é extremamente complexo e caro de operar. Tem uma grande capacidade de manobra orbital, mas não passa da órbita terrestre. O Kliper (e o projecto norte-americano, o CEV) não terão as capacidades alares do Space Shuttle, mas serão de muito mais fácil manutenção, e terão capacidade para ultrapassar a órbita terrestre.

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Soyuz TMA

Por muito fantástico que seja o Space Shuttle, tenho de admitir que representou um retrocesso na exploração espacial. Com as simples cápsulas apollo, o homem chegou à lua. Com o Space Shuttle, não passou da órbita terrestre. E, só por curiosidade, comparem o Kliper e o CEV com o projecto militar americano dos anos 60, o Dynasoar, cancelado por causa do Space Shuttle. Quem diria que a tecnologia para ir à lua já poderia existir?


X-2o Dynasoar

Live giant squid caught on camera



Outra notícia interessante foi a captura de imagens video de uma lula architeutis no seu habitat natural. Os krakens dignos dos livros de Athanasius Kircher, inspiração para inúmeras lendas sobre monstros marinhos, animais impossíveis de capturar, e que os cientistas só com muita dificuldade conseguem estudar, foram finalmente filmados ao vivo, e a cores. Só não estão a devorar navios, como nas gravuras lendárias do século XVI.