sexta-feira, 15 de julho de 2005

Bronca, parte II

Ontem estava um bocadinho irritado com aquela história dos professores não saberem o que ensinar. A frase caiu mal, e com a comunicação social que temos, rápidamente se transformou em professores não sabem ensinar. Então, meus senhores, basta ver as notas de matemática...

Mas tive alguns remorsos com a violência das minhas palavras. E, por descargo de consciência, reli o artigo. Perdi os remorsos. E sublinho o que escrevi ontem. Mas agora não é por causa da frase. É por causa desta:

"Estes resultados exigem uma movimentação nacional e uma postura clara da administração central e regional. Isto não pode continuar a ser visto como uma fatalidade que leve apenas ao desencanto. Está na hora de agir"

Pois é. Não pode ser o ministério e administração a agir nisto. Se o fazem, fazem porcaria, comportando-se como elefantes numa loja de porcelanas. E lá vem mais uma revolucionária ideia de pedagogia de gabinete, em total incoerência com a realidade do país, que obriga os professores a repensar, pela enésima vez, o que andam a fazer.

Se queremos que isto mude, temos de ser nós a fazê-lo. E isso sim, seria uma novidade: uma revolução em portugal que viria de baixo para cima, e não ao contrário como sempre tem acontecido.

Enquanto andarmos a reboque de sebastianismo e ideias revolucionárias de um punhado de iluminados, estamos tramados.