quarta-feira, 22 de junho de 2005

Puxão de Orelhas II

Por outro lado, foram muito pertinentes os puxões de orelhas a uma banca portuguesa que não hesita em estimular o endivididamento das famílias para aquisição de bens de consumo - geralmente, bens importados ou imóveis inflacionados edificados por construtores que são firmes adeptos da filosofia do pato bravo. E já agora, porque não um puxão de orelhas a um mercado imobiliário que, conjugado com uma política de impostos proibitiva, obriga o comum dos mortais a adquirir casas de má qualidade, de preços altamente inflacionados, e que para o conseguir fazer é obrigado a mentir e a fugir às finanças, sendo posteriormente chamado à responsabilidade sobre fugas a impostos que foram feitas relutantemente, com a plena conivência das instituições bancárias?

A imoralidade neste país está tão entranhada, que é impossível a quem lhe tenta escapar evitar colaborar com o sistema.