SPGL|Manifestação dia 17
Fenprof
Camarada, onde estarás no dia 17?
Até agora, a classe dos professores foi a única a unir-se e a reagir contra as medidas restritivas previstas no plano de estabilidade e crescimento. Se, por um lado, o plano tenta corrigir erros passados e melhorar o estado geral das finanças públicas, por outro lado... inverte aquele velho slogan dos anos 80. De "os ricos que paguem a crise", passámos a "os pobres é que têm de pagar as crises lucrativas dos ricos". É a imoralidade da classe política de um país onde os carros de luxo se vendem como pão quente que os sacrifícios e as difuldades devem recair sobre aqueles que já fazem esforços titânicos para viver o seu dia a dia.
Contra as medidas danosas para a nossa classe, e contra mais um congelamento virtual de salários (pois, no fundo, é isso o que significa o congelamento das progressões nas carreiras), contra a constante erosão ao direito a uma educação pública de qualidade, e porque um trabalhador que presta justamente o seu serviço tem direito a uma reforma condigna (basta ver o exemplo da reforma do ministro das finanças do seu serviço no Banco de Portugal), está na altura de lutar. Mesmo que os efeitos não sejam sentidos, pelo menos façamos ouvir a nossa voz discordante. A voz daqueles que pagam diáriamente os erros e as conivências daqueles que nos exigem sacrifícios deve ser ouvida.
Manifestação no dia 17? Temos de lá estar.