Um artigo brutal no Guardian sobre o futuro do capitalismo, Capitalism's future on trial, que estabelece um paralelo claro e directo entre os correntes problemas da união europeia (o não à constituição, os problemas orçamentais e os deficits de estados membros - este problema que tanto nos afecta) e a ideia presente do capitalismo enquanto a mão invisível que estrutura os mercados e beneficia a longo prazo toda a sociedade. Essa ideia leva os governos a cortar nos benefícios sociais que transformaram a europa na união próspera de grande qualidade de vida que hoje é, e prol da entrega ideológica ao mercado livre que nos traz benefícios como a progressiva degradação ambiental, a deslocalização industrial, o recuar de direitos sociais e liberdades, o empobrecimento de regiões inteiras do planeta e lucros astronómicos a um punhado de empresas.
Por outro lado, o capitalismo no seu melhor é vibrante de inovações e dinamismo. Mas qual será o seu futuro, com todos estes olhares de ganância que se viram, rapaces, sobre qualquer sector passível de ser explorado e espremido até ao último cêntimo?
Pois é, parece que a mão invisível do mercado que iria estruturar os mercados e corrigir as assimetrias, trazendo prosperidade a todos, está demasiado ocupada a contar os seus lucros astronómicos do que a executar a função que todos os economistas asseguram a pés juntos que executa.