sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Vermeer


Vermeer - Vista de Delft

Site bastante interessante sobre Vermeer

Vermeer em português
Galeria de quadros de Vermeer
Um site essencial

Quem foi Jan Vermeer? Oficialmente, quase não existiu. Os registos oficiais da sua vida são ínfimos.Temos o seu registo de baptismo a 31 de outubro de 1632, na Niuewe Kerk, em Delft.

Temos o registo civil do seu casamento em Delft, com Catharina Bolnes. Quatro dos quinze fihos que viria a ter com Catharina morreram com tenra idade.

Temos os registos da Guilda de S. Lucas, a corporação dos pintores de Delft. Vermeer aderiu à corporação em 1653 como mestre pintor. Em 1662, Vermeer foi eleito presidente da guilda. Não se sabe com quem estudou pintura, nem onde - se em Delft, Amsterdão ou Utrecht. Mas para aderir à corporação eram necessários seis anos de aprendizagem com um mestre da corporação, excepção feita aos filhos de membros da corporação. O pai de Vermeer, tecelão de fina tapeçaria, foi membro da corporação.

Temos o registo do funeral do pintor de profissão Jan Vermeer, no dia 16 de dezembro de 1675, na igreja velha de Delft.

É o gue se sabe sobre Vermeer. Sabe-se que foi um pintor metódico, lento, minucioso, um mestre da luz. Compunha os quadros de forma rigorosa e geométrica, sem que estes se tornem estáticos. Pintou interiores com uma ou duas figuras, cenas intimistas da vida burguesa, repletas de símbolos e intenções morais. Pintou algumas paisagens urbanas.

Pintou sempre o mesmo interior, variando pormenores como a janela - por vezes envidraçada, por vezes vitral. A parede ora é pintada nua, ora com quadros, espelhos ou tapeçarias. É um pintor de interiores, capturando cenas intimistas de forma metódica e rigorosa, mas sem que o rigor as torne estáticas - as figuras de Vermeer são dinâmicas e fluídas, capturadas num momento que dura uma eternidade (como insectos em âmbar)

São temas também abordados pelos seus contemporâneos, como Pieter de Hooch, Gerard Ter Borch e Nicolas Maes. Mas o que destaca Vermeer é a sua mestria compositiva, e o arrojado uso da luz para criar ambientes, contrastes e destaques. Mais do que um pintor de banais cenas burguesas, Vermeer foi um pintor da luz.

Apesar do boom económico que se vivia na Holanda da época, Vermeer sempre teve dificuldades financeiras, agravadas quando a França invadiu os Países Baixos em 1650. Vermeer morreu pobre.

Após a sua morte, a viúva de Vermeer tentou resgatar os quadros aos credores. Os seus quadros foram comprados, guardados, esquecidos. Infelizmente, os seus quadros foram açambarcados por uma elite de coleccionadores e conhecedores, o que impediu que a fama de Vermeer se espalhasse.

Em 1842, o crítico e historiador de arte Joseph Théophile Thoré (também conhecido como William Bürger, o nome com que gostava de ser chamado) descobriu a Vista de Delft, e apaixonou-se. Devotou vinte anos da sua vida a redescobrir Vermeer, e a ele devemos o conhecimento da obra deste artista ímpar.