Hideshi Hino (2023). Clube de Ocultismo e as Bonecas da Morte. Lisboa: Sendai.
A editora Sendai continua na sua senda de nos trazer o lado menos pop, mais erudito e experimental do manga. E, surpresa das surpesas, a editar um segundo livro de Hideshi Hino, um autor que não é para todos os gostos. Se bem que este livro surpreende pela sua bonomia, não temos aqui um Hino a fazer o leitor resvalar no horror absurdo e absoluto. A história é mais bucólica e tranquila, apesar de, vinda de quem vem, ter momentos visuais fortíssimos. As bonecas de Hino são indutoras de pesadelos e tremores noturnos.
Um clube de estudantes de liceu que se dedica a experimentar com o ocultismo tem um grande desafio: perceber a origem da maldição que paira sobre um dos seus elementos. E, para isso, terá de viajar para um espaço além da realidade, habitado pelos restos das bonecas descartadas pelas crianças. Brinquedos com alma, decaídos, amargurados, e dispostos a fazer em fanicos os humanos com se cruzam. Uma história simples e divertida, longe dos maiores delírios deste mangaka, mas com momentos visuais de profundo horror gráfico.