quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Fumetti: Dylan Dog: Il Tunnel Dell'Orrore; L'Occhio Di Balor.
Tiziano Sclavi, Giuseppe Montanari (1988). Dylan Dog #22: Il Tunnel Dell'Orrore. Milão: Sergio Bonelli Editore S.P.A..
Este é o tipo de livro que nos surpreende a cada página. Pela capa assumimos que se trata de uma clássica aventura de terrores nos túneis temáticos de um parque de diversões. Mas nas primeiras páginas assistimos ao périplo de um adolescente que decide roubar uma metralhadora e aniquilar todos aqueles com que se cruza no parque de diversões. Mas este não é um hbaitual adolescente assassino/suicida. Após raptar uma jovem exige a presença de Dylan Dog, e dá-lhe um caso curioso para resolver: porque é que se sente outra pessoa. Investigando, Dylan depressa se apercebe que o jovem é o resultado de uma experiência de clonagem que se iniciou na alemanha nazi sob os auspícios de um sinistro médico, agora a trabalhar como respeitável cirurgião num hospital público. Com o mistério desvendado, o jovem acaba por não ser salvo graças ao inexplicado excesso de zelo de um comandante militar que opta por trespassar o túnel do terror com balas de grande calibre. Não sendo do melhor de Sclavi, não deixa de ter umas interessantes inversões de expectativas geradas no leitor.
Giuseppe de Nardo, Giampiero Casertano (2013). Dylan Dog #323: L'Occhio Di Balor. Milão: Sergio Bonelli Editore S.P.A..
Dylan Dog sem ser escrito por Tiziano Sclavi... Lê-se, mas não é a mesma coisa. Falta-lhe aquele toque especial de onirismo que o criador lhe dava. Não que o argumentista deste #323 não faça um trabalho interessante. É um mistério do oculto directo e certeiro, que envolve Dylan com a descendente de criaturas míticas que adquirem aparência humana para sobreviver. Uma jovem híbrida embarca numa vingança, matando os mercenários que no passado lhe haviam assassinado a família. Ao investigar as mortes, a pedido do inefável inspector Bloch, Dylan cruza-se com um mitógrafo que sabe mais do que revela sobre os poderes dos antigos seres míticos que ainda vivem entre nós. E, sendo Dylan quem é, não deixa de ser seduzido pela simpática e, quando em forma humana, atraente jovem monstrinha.