À deriva pela Serra da Estrela. Se o Ismael de Melville precisava de se abeirar do mar para soltar os neurónios, uma boa dose de estrada fora com destino difuso é o que preciso para desempoeirar pistões e dar descanso à alma. Desta vez, Serra da Estrela ao entardecer, gelada mas sem neve.
O mais fresquinho que apanhei. Na Torre. Horas depois, em plena Pampilhosa da Serra, chegou aos 1.5º.
Ao entrar na Covilhã, com as luzes da cidade a piscar sob o céu marmoreado com uma lua a querer espreitar no negrume azulado.
Oitocentos e tal quilómetros de uma assentada de quase doze horas de estrada. Nada mau para uma mini roadtrip.
Parar, contemplar. Respirar fundo. Procurar destinos. Sic transit mundi.