No remake 52 o rebuscar do clássico O.M.A.C. kirbyano pareceu prometedor, com Keith Giffen e Dan Didio a literalmente explodir na primeira edição. E na segunda... a coisa vai abaixo. Um dos pontos de interesse do original O.M.A.C. era o seu carácter futurista distópico, que os autores da nova adaptação ignoraram por completo. Colocam a personagem na época contemporânea e ressuscitam coisas que ficariam melhor esquecidas como a super-agência secreta Checkmate, uma daquelas ideias dos anos 90 cujo desaparecimento ninguém lamenta. Em vez do comentário às tendências sociais ficamos com... uma espécie de hulk que quando está em acção nem sequer é capaz de elaborar uma frase completa. Para sublinhar, o segundo número do comic é apenas uma longa acumulação de enquadramentos de murraças com efeitos especiais. Quanto ao grafismo, se na primeira edição teve alguma piada a recuperação do estilo de Jack Kirby, neste fica bem claro que Giffen e Didio não são kirbys... e a cópia apressada deixa a desejar. Possivelmente este é um título que se vai aguentar até ao fim de um arco narrativo e depois é cancelado. Apostamos em seis meses?
