Num fascinante artigo publicado na Wired deste mês, Chris Anderson, um dos organizadores das conferências TED, observa que a disponibilidade de videos na internet está a revolucionar a forma como aprendemos. A tese do autor é interessante, e intrigante. Mostra, com exemplos, como utilizando o vídeo se formam globais comunidades de criadores que disseminam conhecimento funcional, gerando ciclos de criação, partilha e estímulo a novos avanços criativos: "I believe that the arrival of free online video may turn out to be just as significant a media development as the arrival of print. It is creating new global communities, granting their members both the means and the motivation to step up their skills and broaden their imaginations. It is unleashing an unprecedented wave of innovation in thousands of different disciplines: some trivial, some niche in the extreme, some central to solving humanity’s problems. In short, it is boosting the net sum of global talent. It is helping the world get smarter.
Eu iria um passo mais longe: esta revolução cultural em que sinto que vivemos está a ser alimentada pelo poder colaborativo da internet, que tornou fácil o que antigamente era difícil: a partilha de cultura, particularmente das criações mais avant garde ou bleeding edge. Há inúmeros sites - do DeviantArt ao YouTube, sem esquecer o precioso Vimeo, que fervilham de criatividade. E há redes sociais que ajudam a disseminar essa informação, à velocidade de um clique nos botões de partilha. O resultado é uma explosão de criatividade global, constantemente reforçada e acessível a quem dispuser de uma ligação à web.