domingo, 23 de maio de 2010

Ter, não ter.

Não podemos travar o progresso para proteger empregos ou indústrias obsoletas. Se assim fosse, não teríamos água canalizada nas nossas casas para manter os aguadeiros empregados, ou os automóveis seriam proibidos para que os fabricantes de carroças não falissem. Actualmente temos o exemplo de indústrias culturais que tentam a todo custo legislar contra a sua óbvia obsolescência, mesmo que para isso se ultrapassem autoridades nacionais. Por outro lado, se o progresso se limita a eliminar empregos também não estamos no bom caminho. Progresso é a elevação generalizada das condições de vida, não a busca de fáceis e elevados lucros a curto prazo. Não ter é mau, mas ter mais não é necessariamente bom.