terça-feira, 20 de abril de 2010

Not with a bang...

... but a whimper. Assim termina a epidemia da Gripe A, em discreta circular do ministério da saúde, sem sequer ter direito a um decreto. Uma circular informativa datada de dia 14 de abril suspende as medidas de excepção decretadas embora continue a recomendar a continuidade das medidas de higiene pessoal. Já agora, que algo se tenha aprendido com tudo isto...

Tal como o Y2K e outras catástrofes anunciadas que pariram um rato, ficaremos sempre sem saber se a Gripe A, se não tivessem sido tomadas quaisquer precauções, alastraria e aniquilaria uma parcela considerável da humanidade. Também ficaremos sem saber se as medidas adoptadas foram sensatas ou foram o resultado de milhares de decisões sensatas - o pânico. Ou se tudo não passou de um elaborado embuste levado a cabo por farmacêuticas que se queriam livrar de stocks armazenados e acabou por beneficiar produtores de desinfectantes e afins. Ou (inserir aqui a teoria da conspiração favorita - talvez uma manipulação governamental dos media instrumentalizada por alienígenas de Sirius B, estes apenas uma fachada atlanteana para restaurar o reinado de Elvis sobre uma terra desbastada de humanos que falhou graças à intervenção de agências secretas coligadas com empresas farmacêuticas)...

Pânicos e teorias à parte, confesso que prefiro viver numa sociedade que erra pela cautela do que numa em que se lamentem as desgraças pós-facto. Mesmo que o mundo termine com um leve sussurro.