segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Leituras

Der Spiegel | Capitalism in crisis A crise em que vivemos mergulhados tem causas bem identificadas: as depredações gananciosas de banqueiros e investidores, que exigiram a desregulação dos mercados em nome de jogos finaceiros cada vez mais esotéricos. O resultado dos excessos está à vista. Os que defendiam o estado mínimo e a não intervenção pedem agora a salvação dos dinheiros públicos. Esta crise financeira está a abalar a confiança no capitalismo puro enquanto sistema económico viável. Se é inegável que trouxe prosperidade, os excessos colocam ciclicamente o mundo à beira de precipícios económicos.

Globe and Mail | The class of 2012: Mr. Google's children Pela primeira vez na história cresce uma geração apelidada de nativa digital. Nasceu já no mundo digital, cresceu a usar computadores, consolas e telemóveis. Mistura o mundo real com o virtual, socializando on e offline. São apelidados de hedonistas, habituados a ver os seus desejos satisfeitos numa sociedade de consumo ubíqua. Quais serão as suas competências, as suas formas de estar e de ver o mundo? Um dos participantes neste estudo afirma que no fundo, não precisa da escola. Basta-lhe ir ao google para ficar a saber o que precisa quando precisa. São palavras que chocam as gerações anteriores, habituadas à fiabilidade e infalibilidade das instituições.

International Herald Tribune | Nokia embraces the touchscreen Finalmente. Após o iPhone, os HTCs windows mobile e android, os samsungs e até os blackberrys, a Nokia investe nos telemóveis com ecrã sensível ao toque. Espera-se o lançamento do Nokia 5800 no final do ano. A curiosidade aguça-se: como será o Symbian S60 num interface táctil?

Finantial Times | Market crash shakes world Oh Fuck era um spoof da capa do The Economist, que capta na perfeição o que se passa nas finanças do planeta. O ciclo atingiu com toda a força, e o sistema financeiro mundial ameaça desabar. Sucedem-se as histórias de horror dos mercados, com as empresas a perder valor e o dinheiro a ser literalmente sugado. Vivemos tempos interessantes. No entanto, talvez este colapso seja o melhor que nos possa acontecer. A sociedade ultracapitalista de consumo desenfreado que se estava a criar é insustentável. Ignorámos os avisos ecológicos, de longo prazo, mas os avisos financeiros são ensurdecedores a curto prazo. De certa forma, este colapso revela a lógica de mercado no seu melhor, a corrigir os desiquilíbrios do sistema.