Marcus du Sautoy (2019). The Creativity Code: How AI Is Learning to Write, Paint and Think. Nova Iorque: 4th Estate.
Poderão as máquinas inteligentes ser criativas? Mas o que é isso de Inteligência e criatividade? Poderemos realmente definir esses conceitos? E não seremos nós, como entidades biológicas, uma espécie de máquinas naturais, com a inteligência a surgir como propriedade emergente de elementos biológicos que se auto-organizam? O matemático Marcus du Sautoy coleciona neste livro exemplos de algoritmos e robôs que permitem explorar as fronteiras da criatividade artificial. Dos algoritmos aleatórios concebidos por artistas às inteligências Artificiais aparentemente capazes de gerar obras de arte, Sautoy analisa a criatividade com um olho no espírito da máquina, e outro no impulso humano.
Discutir se alguma vez teremos máquinas verdadeiramente inteligentes e criativas é futurismo longínquo. O que dispomos agora é de interfaces, que variam entre simples programação ao processamento por redes neurais, que permitem aos humanos explorar novas formas de criar, utilizando ou em diálogo com mecanismos e software. Gostamos de acreditar na ilusão que o output destes mecanismos é uma expressão de criatividade artificial, mas na verdade são o resultado de algoritmos aleatórios, ou regras iterativas, ou processamento de conjuntos de treino que apesar dos resultados surpreendentes, dependem sempre das escolhas das bases de dado de treinamento de Inteligência Artificial. Gostamos de as criações produzidas ver como produtos de uma mente artificial, mas na verdade dizem mais sobre as sensibilidades, ideias e sensações daqueles que estão envolvidos no seu desenvolvimento, do que realmente espíritos da máquina.