sexta-feira, 4 de maio de 2018

Chains of Command



Marko Kloos (2016). Chains of Command. Seattle: 47North.

Uma aventura curta e sangrenta da série Frontlines. Desta vez Andrew Grayson vai compreender a dureza do comando, numa missão secreta para castigar as elites que abandonaram a Terra no seu momento mais crítico e recuperar as naves que levaram consigo. A proposta é irrecusável. Enquanto as forças militares da Terra se unem para lançar uma ofensiva para recuperar Marte, um oficial de operações especiais dá a Grayson uma missão secreta: acompanhar uma força de reconhecimento ao refúgio dos traidores à Terra. Estes escolheram um destino não mapeado, um sistema planetário mais distante do que os limites conhecidos da colonização, onde terraformaram em segredo um planeta para ter condições em tudo iguais às da Terra. Claramente, um refúgio oculto para elites.

Mais do que uma oportunidade de regressar a missões activas, esta será uma promoção, e Andrew deixará de ser um eterno soldado. Com isso vem a descoberta das agruras do comando, do sentimento de responsabilidade quando se tem a cargo não os companheiros do pelotão mas toda uma unidade militar. A missão é arriscada, altamente secreta e, improvavelmente, também contará com a sua mulher. As forças especiais só querem os melhores veteranos.

Depois de uma rápida atualização para avançar a história pessoal dos personagens e o contexto do mundo ficcional, Kloos mergulha-nos naquilo que faz melhor, o relato detalhado de ação militar. As equipes de reconhecimento são lançadas para o planeta, mas a missão depressa se altera para combate ativo, e entre o uso dos soldados comandados por Andrew como diversão e truques sujos levados a cabo pelos elementos das forças especiais, a coisa descamba numa conquista planetária contra forças superiores, conseguida com ajuda de ameaças nucleares. Como sempre, Kloos está o seu melhor ao jogar com a iconografia da FC militarista, mantendo a ação num ritmo elevado, com a curiosidade do leitor sempre desperta, a querer saber como a narrativa se desenrola, mesmo sabendo que o seu final é previsível.