"When I talk about “cyborg literacy,” I mean a set of skills and social practices that optimize the ability to use physical and cognitive technologies to augment, amplify, or extend human thinking and communication capabilities. This not only includes an ability to enhance problem solving but also to incorporate a balance of individual autonomy and collective interdependence; networks of trust; and norms of reciprocity, empathy, compassion, and conviviality that are absent from strictly engineering-oriented or purely market-based approaches." (p. 13)
Do intrigante e interessante Mind Amplifier, o ensaio de Howard Rheingold para a TED Books. A proposta é intrigante e vai mais além da dicotomia deslumbramento/catastrofismo com que normalmente se analisam as mudanças conceptuais que as redes digitais trouxeram às formas como agimos e pensamos. Não é a visão is google making us stupid nem as utopias tecnocráticas alimentadas a bits que Evgeni Morozov critica tão bem. Rheingold olha para o potencial modificador da tecnologia digital, alicerçando-se em McLuhan (as tecnologias que criamos alteram a nossa percepção), numa visão cognitivista da evolução humana que interliga linguagem, memória e capacidade de acção, e na história de tecnologias de informação e comunicação como o alfabeto que literalmente mudaram o mundo e a forma como pensamos. E está consciente dos perigos, usos nocivos e armadilhas deste admirável mundo novo digital:
"I cannot help observing the ways in which the world is NOT a better place for the past 30 years of cybernetic innovation. The pitfalls and the hidden prices of technology are more visible, and industries that sprouted from the dreams of engineer-utopians can, in hindsight, lack an essential ethical dimension.". (p. 13)
Howard Rheingold (2012). Mind Amplifier: Can Our Digital Tools Make Us Smarter?. Nova Iorque: TED Conferences LLC.
