sábado, 31 de dezembro de 2011

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 Via AdBusters.

 Pura conceptualidade.

 All glory to the hypnotoad. Algures no 4Chan.

 Algures no 4Chan.

 A solução para os problemas do mundo: libertem Godzilla.

 Coelhinho doce. Fujam. Do coisas do arco da velha.

O sonho que qualquer ciclista numa estrada portuguesa.

'nuff said. be merry.

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Resoluções para 2012

Não perder tempo com resolucionamentos. De resoluções de novo ano e boas intenções estão as quentes profundezas flamejantes cheias. Simplesmente fazer, experimentar, falhar, aprender e conseguir. E pronto, move along, nothing to see here.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

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E então, onde anda a neve?

À deriva pela Serra da Estrela. Se o Ismael de Melville precisava de se abeirar do mar para soltar os neurónios, uma boa dose de estrada fora com destino difuso é o que preciso para desempoeirar pistões e dar descanso à alma. Desta vez, Serra da Estrela ao entardecer, gelada mas sem neve. 











O mais fresquinho que apanhei. Na Torre. Horas depois, em plena Pampilhosa da Serra, chegou aos 1.5º.




Ao entrar na Covilhã, com as luzes da cidade a piscar sob o céu marmoreado com uma lua a querer espreitar  no negrume azulado.


Oitocentos e tal quilómetros de uma assentada de quase doze horas de estrada. Nada mau para uma mini roadtrip.



Parar, contemplar. Respirar fundo. Procurar destinos. Sic transit mundi.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

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C


Confesso que detesto o acordo ortográfico. Porque quando se acorda e se vê este "recetor", os circuitos neurolinguísticos cerebrais dão dois volteios na mioeleira. Só para referência, este não é para mim. Cá pelos meus lados vai-se aproveitar o desligar do sinal analógico para desligar de vez o mono dos raios catódicos/plasma. TV is dead media. Vou ser dos primeiros a enterrá-la de vez.

sábado, 24 de dezembro de 2011

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Suburban emptyness.

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Logotipos falhados

Ou porque é preciso pensar bem antes de escolher uma imagem de marca.


O logotipo de uma pizzaria bastante cheesy ali para os lados das Caldas da Rainha. Parece inócuo, certo, um chapéu de cozinheiro inexplicavelmente vermelho sobre uma cara sorridente.


Rodando a imagem. Ooops. Afinal aquele chapéu e a cabeça assemelham-se a outra coisa. Felizmente junto ao sorriso não há pingos de baba a antegozar a deliciosa pizza, senão ainda seria muito pior...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

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Pausa ballardiana sobre o asfalto da via rápida congestionada.

A Ermida


Rui Lacas (2011). A Ermida. Lisboa: Polvo.

Ilustrada no estilo expressivo próprio deste autor de BD português, esta é uma pequena fábula sobre o verdadeiro valor das riquezas. Nos anos moribundos da monarquia, um padre recebe à sua guarda as jóias favoritas do rei para uma celebração especial na sua ermida. Mas algo de inesperado acontece: um mal comportado menino jesus rouba as preciosas jóias, deixando o padre à beira do desespero. Quando estas lhe são devolvidas, o rei é morto no Terreiro do Paço. E o padre, ciente do real valor da riqueza, vende as jóias para custear um banquete para todo o bairro. Fábula que faz sorrir, alicerçada num estilo compositivo rigoroso que mergulha o olhar do leitor num pequeno mundo que funciona como retrato do portugal do início do século XX.

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Once There Was a War


John Steinbeck (2000). Once There Was a War. Londres: Penguin

O que nos agarra neste livro que colige crónicas escritas por Steinbeck enquanto correspondente de guerra na Europa devastada pela II Guerra Mundial é o seu carácter profundamente humano. As palavras não olham para os grandiosos movimentos geopolíticos, para as tácticas militares, para as glórias do material bélico, para o heroísmo do soldado. A sensibilidade humanista e social deste escritor leva-o a olhar para os pequenos pormenores, os momentos simples, registando curtos minutos na vida dos combatentes.

Seguindo o percurso de muitos soldados, Steinbeck relata a vida num navio de transporte, observa os choques culturais de soldados chegados a Inglaterra, regista pormenores da vida de soldados humildes e missões de bombardeamento aéreo, mergulha no exotismo do norte de África e contacta finalmente com o perigo que espreita a todo o momento na Sicília e mar Adriático. Este é um livro de olhares, gestos, desabafos, pequenas aventuras no sistema burocrático, atitudes e medos. E quando se chega realmente ao campo de batalha, as palavras espelham a dureza, o medo, o horror da destruição e da morte violenta. É impossível não sorrir com as histórias do motorista que sobrevive luxuosamente no sistema militar, ou ficar chocado com a imagem de um corpo de mulher a boiar ao largo da deserta cidade de Palermo. São dois extremos patéticos, de humor e horror, dos relatos contidos neste pequeno livro que, como habitual nas palavras deste escritor, nos agarra pela sua beleza e humanismo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

The Shape of the World

A ler Once There Was a War, livro que colige relatos dos tempos do escritor laureado com o prémio Nobel John Steinbeck como correspondente de guerra na II Guerra Mundial. Os relatos são curiosamente líricos, mais centrados na humanidade do que nas aventuras de combate. E entre eles encontro The Shape of the World, uma meditação sobre o que levou tantos a oferecer-se para pegar em armas no conflito:

Common people have learned a great deal in the last twenty-five years, and the old magical words do not fool them any more. They do not believe the golden future made of words. They would like freedom from want. That means the little farm in Connecticut is safe from foreclosure. That means the job left when the soldier joined the Army is there waiting, and not only waiting but it will continue while the children grow up. That means there will be schools, and either savings to take care of illness in the family or medicine available without savings. Talking to many soldiers, it is the worry that comes out of them that is impressive. Is the country to be taken over by special interests through the medium of special pleaders? Is inflation to be permitted because a few people will grow rich through it? Are fortunes being made while these men get $50 a month? Will they go home to a country destroyed by greed?

Setenta anos depois de serem escritas, estas palavras soam hoje tão autênticas e contemporâneas. Escrevendo sob a sombra da Grande Depressão, Steinbeck apontou um mundo mais complexo, em que a populaça já não cai nas velhas mentiras mas onde as instituições democráticas que legalmente representam o povo agem para proteger os interesses de elites. Povo esse que pegou em armas para defender as democracias num momento crucial, mas que não lutou pela manutenção da velha ordem. A conclusão é que esta guerra, a II guerra, seria vencida, mas os soldados lutavam com a perfeita consciência que a verdadeira guerra, a luta por uma maior igualdade, justiça social e económica, estava longe de ser vencida. E hoje, tantos anos passados e com o mundo novamente à beira de uma nova grande depressão, continua tão longe de estar ganha.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa


Luís Filipe Silva (ed.)(2011). Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa. S. Pedro do Estoril: Saída de Emergência.

Quem diria que esquecida em baús empoeirados, prateleiras repletas e arquivos fechados à chave se escondia uma tão grande e rica tradição de ficção pulp portuguesa, como já é habitual esquecida e ignorada pelas correntes literárias tradicionais. Graças ao trabalho incansável de edição de Luís Filipe Silva, este livro reúne uma breve amostra de peças literárias como personagens que ombreiam ao lado de Carnacki, Lamont Cranston, Fu-Manchu ou Randolph Carter. Parece mesmo que alguns dos praticantes lusos da arte da ficção escapista poderão ter influenciado alguns dos nomes mais famosos da bem conhecida vertente americana.

Centrado numa era esquecida, encontramos neste tomo obras representativas de diversos sub-géneros, desde a aventura histórica em mares infestados de piratas a terrores lovecraftianos, aventuras das guerras secretas anti-nazis, mistérios do oculto, western tenebroso, fantasias líricas tocando o erótico, policial noir, aventuras nas eras selvagens que antecederam a pré-história convencional e space opera futurista. Após esta leitura introdutória, fica a vontade de conhece um pouco mais das raridades da obra de escritores prolíficos mas esquecidos como Joe Bester, Ruy de Fialho, Ana Casaca, Maxwell Gun e tantos outros, mestres na arte de conjurar imagens fantásticas através do bater de teclas da máquina de escrever.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Babel X3D


O Babel X3D é uma plataforma de partilha e divulgação de mundos virtuais. Focalizado no VRML/X3D, está aberto a outros tipos de tecnologias Web3D e tem particular interesse na utilização educacional do 3D. Dinamizado pela equipa constituída por Vitor Cardoso (vcard), Jorge Valadares, Alain Dumenieu (Alain), Paulo Nunes, Vitoria Silva, Artur Coelho (Artur)e Margarida Correia, tem apoio institucional da Unidade de Investigação em Educação e Desenvolvimento e Universidade Aberta.

Para além da divulgação de mundos virtuais, este site reúne fóruns e wikis para partilha de ideias e conhecimentos sobre 3D, VRML/X3D e outras tecnologias de criação Web3D. Visite-nos em Babel X3D.

domingo, 18 de dezembro de 2011

What a world....


of profit and delight... The Unwritten #32.

Tablet, 1994.



Em 1994, quando a larga maioria dos computadores eram desktops e no mercado começavam a surgir os primeiros PDAs, quase rudimentares para os padrões de hoje, a internet ainda de banda estreita mal tinha começado a penetrar o mercado e a consciência global, foi um verdadeiro rasgo de génio por parte deste grupo de trabalho de uma editora a abordagem ao conceito que hoje utilizamos rotineiramente nos nossos smartphones, computadores portáteis e tablets. É fascinante ver o responsável do projecto a falar de novos modelos de publicação em dispositivos móveis ao lado de um monolítico monitor CRT.

A máquina em si foi um projecto de design que de aspecto é muito similar aos tablets de hoje. Num dispositivo em que o ecrã tem a primazia as formas não variam muito. De interesse é ver a ser usado o lendário pda Newton da Apple, que junto com os Palms é o percursor dos smartphones e tablets. Note-se que só em 2010, vinte e seis anos depois deste conceito, foi lançado no mercado o iPad, que popularizou estes dispositivos (embora, sendo justo, se observe que equipamentos similares já existiam no mercado sob a forma de ultra-portáteis com ecrã móvel sensível ao toque). Este hiato de tempo diz muito sobre um carácter pouco falado da inovação tecnológica: entre o laboratório e o mercado a distância mede-se mais por factores económicos do que de inovação. Mas isso seriam outras reflexões.

Esta descoberta veio do interessante Read Write Web, site que regista impactos, projecções e inovações da tecnologia digital.

Videopostais de Natal - Making Of

Foi a primeira vez que tentámos uma experiência destas, obrigando a um certo trabalho experimental a desbravar terrenos de actuação e a perceber como utilizar melhor as ferramentas para levar a cabo a ideia. Utilizou-se o Vegas Movie Studio HD para criar os vídeos, por dispor de ferramentas avançadas de edição vídeo multipistas. As imagens foram trabalhadas no Gimp e mensagens foram gravadas no Audacity.



Os alunos começam por desenhar cenários e elementos para animação em A3 ou A4. Têm de ser criadas duas folhas: uma para cenário e outra com elementos soltos. Para pintura recomenda-se canetas de feltro, que facilitam o tratamento posterior das imagens no computador. A pintura de grandes áreas não é necessária, estas podem ser preenchidas posteriormente no Gimp através do trabalho com camadas. Os fundos digitais podem ser cores sólidas, gradientes ou elementos clonados. É o caso do céu desta imagem. O aluno pintou a lápis de cor uma pequena parte do céu, sendo o restante pintado digitalmente com o pincel de clonagem do Gimp.

Os desenhos foram fotografados com uma máquina fotográfica digital (no caso, um tablet Galaxy). Para melhores resultados, recomenda-se que se tenha em atenção as condições de luz ambiente.


Na edição de imagem, o primeiro passo é corrigir cores, luminosidade e contraste com a ferramenta de curvas. Em seguida trabalham-se fundos. A imagem de cenário pode ser gravada como JPG.


Se se estiver a processar um elemento a animar é preciso adicionar um canal alfa (transparência) e eliminar tudo o que não for necessário com a ferramenta de corte livre em modo poligonal. Este é um processo que se pode tornar moroso, particularmente se o elemento tiver muitos pormenores. O formato de imagem recomendado para gravar com transparências é o PNG.


Não é possível fazer a gravação de som em sala de aula em condições perfeitas. Após gravar voz, recomenda-se a utilização da ferramenta remove noise do Audacity para eliminar ruídos. Utilizámos o WAV como formato de exportação.


É uma recomendação que parece óbvia, mas convém sublinhar. Facilita o trabalho se os ficheiros pertencentes aos diferentes alunos estiverem organizados em pastas por aluno. Para cada um cria-se uma pasta que reúne ficheiros jpg, png e wav.


A vantagem de se utilizar um editor de vídeo não linear sobre o instalado habitualmente no sistema operativo Windows é a capacidade de criar e editar múltiplas pistas de vídeo, permitindo jogar com sobreposições de clips de vídeo. O MovieMaker apenas permite justaposição sequencial de clips. Para criar os postais animados em vídeo vamos tirar partido da sobreposição de clips e movimentos de pista.


A animação de pistas de vídeo é feita no editor a que se acede clicando num ícone ao lado do número da pista. Deslocando o cursor da linha de tempo podemos modificar o tamanho, posição e rotação da pista de vídeo criando chaves de animação. O truque está em utilizar imagens com fundo transparente e através dos movimentos atribuídos à pista de video criar a ilusão de animação. O programa também permite adicionar e editar clips de texto e aplicar efeitos especiais.


Outra vantagem do Vegas é a possibilidade de criar vídeo em HD. Na renderização final tiramos partido dessa opção.

Metodologia:
- criar desenhos para cenário e elementos a animar;
- digitalizar ou fotografar os desenhos;
- editar as imagens para corrigir cores e criar transparências;
- gravar audio;
- editar vídeo, aplicando efeitos de movimento às diferentes pistas.

Para terminar, uma nota sobre temporização. Iniciámos o processo de concretização deste trabalho um pouco tarde em relação ao número de aulas disponível. Por isso, os alunos não tiveram a oportunidade de eles próprios aprenderem a editar as suas  imagens no Gimp e o vídeo no Vegas. Estas actividades foram feitas em aula com os alunos, tendo eles visto como se faziam, mas perdeu-se a experiência de aprendizagem de colocar nas suas mãos estas ferramentas. Um pormenor que será corrigido numa outra experiência similar, com outro tema de trabalho.