domingo, 9 de outubro de 2011

Videogame, Weaponized



A saltear leituras: Reamde de Neal Stephenson, um tomo palavroso que se resume a um conceito brilhante: hackers e cibercriminosos envolvidos com a mafya que ficam bloqueados por um ransomware apanhado num mundo virtual que apenas pode ser desbloqueado sobrevivendo no mundo virtual, com consequências mortais no mundo real. Survival City de Tom Vanderbilt, um ensaio sobre arquitectura e bombas atómicas que reflecte no profundo impacto de uma tecnologia mortífera específica sobre a arquitectura e sociedade, com longas descrições de bunkers atómicos obsoletos enterrados na paisagem americana. Wired for War de P. W. Singer, uma radiografia do state of the art da robótica militar, que até agora nas páginas que li apenas aflorou a óbvia questão ética da capacidade de uma máquina autónoma disparar sobre seres humanos, cenário de ficção científica que já aconteceu com sistemas automáticos de defesa de navios.

Misture-se isto com a recente notícia sobre vírus que infectaram centros de controle de UCAVs e temos aberto um campo de possibilidades infindo: o que aconteceria se robots armados autónomos cujo software é apropriado por cibercriminosos/hackers/terroristas/departamentos tecnológicos de forças armadas hostis fossem utilizados? Cada nova arma gera uma nova defesa, fortaleza que nos faz sentir um pouco mais seguros face às consequências mortíferas da inovação tecnológica. Que fortalezas iremos erigir para nos proteger de robots autónomos letais?

E nem por acaso deparo com isto nos meus feeds do google reader: The Changing Shapes of Air Power.